O economista Carlos Rosado de Carvalho critica a política económica “irresponsável” e orientada pelo Governo angolano “para ganhar as eleições de agosto de 2022, considerando que Angola “passou do céu para o inferno”, após a reeleição de João Lourenço.

O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) considerou hoje que depois do terceiro aumento consecutivo dos preços em Angola, para 12,12%, em julho, a inflação vai continuar a subir.

O analista político angolano Albino Pakissi, considerou a falta de transparência governativa e as dificuldades sociais da população como os factos marcantes do primeiro ano do segundo mandato do Presidente João Lourenço, que “parece estar a agir como nos cinco anos passados”.

Angola é o principal destino do capital brasileiro em África, com o investimento a crescer 67% entre 2020 e 2021 para 1,24 mil milhões de dólares (1,14 mil milhões de euros), recuperando o patamar atingido em 2012.

Dos 90 deputados à Assembleia Nacional pela UNITA, apenas 86 assinaram a proposta que pretende a destituição de João Lourenço do cargo de Presidente da República, lançada oficialmente na quarta-feira, 16. Os quatro ausentes - Paulo Faria, Jorge Martins da Cruz, que entrou na lista da UNITA pelo PRAJA-Servir Angola, Manuel Domingos da Fonseca, e Francisco Viana, ex-militante do MPLA, "irão assinar a qualquer momento porque o processo ainda não seguiu para o Parlamento".

O Brasil é o quinto fornecedor de bens a Angola, com as trocas bilaterais a atingirem 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) em 2022, destacando-se as aves e o açúcar entre as principais exportações brasileiras.

A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) disse hoje que está em preparação um caderno reivindicativo a propor ao Governo que baixe os níveis da inflação ou aumente o salário, devido ao agravamento da situação socioeconómica e salarial.

A concessionária petrolífera angolana e a Unidade de Negócio de Exploração e Produção (UNEP) da Sonangol preparam-se para a perfuração e avaliação do Bloco KON11, da Bacia Terrestre do Kwanza, inativo desde 1996.

A recente divulgação das falcatruas e crimes atribuídos ao antigo diretor do Infotur, Eugênio Clemente, abalou as estruturas do setor de hotelaria e turismo. As acusações de peculato envolvendo o desvio de 3 milhões de dólares e o sumiço de viaturas pertencentes ao ministério ecoaram por todo o país. Contudo, o que chama a atenção é a notável mobilização de uma armada de defensores cibernéticos em apoio ao acusado.

O presidente da UNITA criticou hoje a “lamúria e o choradilho” do MPLA, no poder, sobre a iniciativa de destituição do Presidente angolano, João Lourenço, afirmando que o processo “não é um simples ato de competição pelo poder”.