"O IVA, que devia ter entrado em vigor em janeiro deste ano, mas foi adiado para julho, será um grande desafio quer para as empresas, quer para o Governo em termos de 'papelada' e de processos", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica 'The Economist'.
Num comentário à definição da data para a entrada em vigor do novo imposto, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a EIU lembra que este imposto junta-se ao Imposto Especial de Consumo (IEC), aumentando em 2 a 16% os preços de produtos como o tabaco, álcool e jóias, e escreve que "a introdução do IVA e do IEC ao mesmo tempo vai levar a um aumento dos preços".
Em abril, a inflação já subiu para o valor mais alto do último ano, registando uma subida de preços de 17,4% "devido à continuada fraqueza do kwanza e da dependência do país dos bens importados".
No comentário à introdução do IVA daqui a menos de um mês, a EIU escreve que "aumentar as receitas vai ajudar Angola a reduzir a escassez de receitas petrolíferas e reduzir o custo de servir a dívida", mas, alertam os economistas, "subir os custos para as pessoas e para as empresas numa altura de baixo crescimento económico não será popular nem para a elite governante nem para a população".
A Administração Geral Tributária, conclui a EIU, "garante que está preparada, mas vários líderes empresariais já pediram mais tempo para se prepararem".