De acordo com uma nota da ANPG, os contratos de partilha de produção foram assinados em 22 de junho e tornaram-se efetivos em 01 de julho.
Segundo o documento, a Sonangol Pesquisa & Produção irá deter “100% do contrato de partilha de produção para a prospeção, pesquisa, avaliação, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos” no bloco 27.
A Sonangol irá também ter uma quota de 20% no bloco 28, ficando a Eni com uma participação de 60% e a Tiptop Energy Limited também com 20%.
De acordo com a concessionária angolana, a estratégia da Sonangol “visa, entre outros objetivos, melhorar o desempenho da companhia, para a tornar mais competitiva e rentável”, assim como transformá-la “numa operadora petrolífera de alcance global”.
Entre os objetivos está também o interesse em assegurar o aumento dos recursos petrolíferos descobertos, a promoção da identificação de novas reservas de petróleo e gás e alavancar a política energética e de eletrificação do país.
A participação no bloco 28 eleva para cinco o total de blocos onde está presente a Eni. A petrolífera italiana irá operar este bloco, localizado em águas profundas na bacia inexplorada do Namibe, “uma área de exploração fronteiriça junto à costa, com uma profundidade de água entre 1.000 e 2.500 metros”.
A atual quota de produção da empresa é de cerca de 120.000 barris de petróleo por dia.
A administração da ANPG considera que a assinatura destes contratos é “um ato relevante, que demonstra bem o interesse das operadoras petrolíferas internacionais em continuarem a investir na dinamização da produção petrolífera em Angola”.
A concessionária nacional diz que “tudo fará” para que estes acordos “tenham o desempenho esperado” e para apoiar as empresas envolvidas.
De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Angola produziu em maio cerca de 1,08 milhões de barris de petróleo por dia.
Segundo o Banco Mundial, o setor petrolífero contribui para um terço do Produto Interno Bruto e para mais de 90% das exportações angolanas.