"O peso que o ativo tinha diminuiu significativamente e está cumprido [esse objetivo]. A participação [do BPI no BFA] mantém-se em 48,1%", afirmou João Pedro Oliveira e Costa, na apresentação de resultados do primeiro semestre.
Segundo o gestor, com a diminuição do peso do BFA no BPI, "diminuiu claramente" a pressão do regulador para que o BPI reduza a sua participação no BFA, mas referiu que se mantém esse objetivo e que o BPI quer vender a sua participação no BFA (na totalidade ou em parte), mas que só o fará no momento que considerar oportuno e a um investidor "credível".
"Mantemos a mesma intenção, mas não tem prazo porque não é possível ter prazo", afirmou.
O BPI divulgou hoje lucros consolidados de 185 milhões de euros no primeiro semestre, quatro vezes mais do que no mesmo período de 2020.
O angolano BFA aprovou, no segundo trimestre, o dividendo ordinário de 2020 e uma distribuição de reservas livres, o que teve um impacto de 92 milhões de euros nos resultados do BPI.
O BPI tem 48,1% do BFA desde o início de 2017, quando vendeu 2% do banco angolano à operadora Unitel (então controlada por Isabel dos Santos) por imposição do Banco Central Europeu (BCE), pois este considera que a supervisão angolana não é equivalente à europeia.
Desde então mantém-se a recomendação de Frankfurt para o BPI reduzir a exposição a Angola.
O BPI é detido em 100% pelo grupo espanhol CaixaBank.