A Unidade de Informação Financeira (UIF) detectou, em 2020, um total de 65 processos suspeitos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo no País, segundo dados avançados pelo técnico sénior Ricardo João.
Estes números representam ainda assim a metade dos 130 processos suspeitos registados em 2017, o que pode representar uma tendência de redução e eficácia do programa de combate à corrupção em curso.
No workshop realizado, recentemente, alusivo ao Dia Africano Anti-Corrupção, numa organização da Associação Angolana de Ética e Sustentabilidade, o representante da UIF no evento disse que os processos em causa foram encaminhados à Procuradoria Geral da República (PGR) e aos órgãos de defesa policiais.
Segundo o Jornal de Angola, Ricardo João apresentou o tema “Controlo das Operações Financeiras e Bancárias na Prevenção e Combate à Corrupção”, tendo afirmado a existência de um conjunto de sectores considerados de porta de acesso ao sistema económico-financeiro, sendo por meio destes que se faz o controlo dos processos.
“O controlo das operações financeiras e bancárias é realizada por vias de instituições e sectores supervisores, nomeadamente BNA, que controla a banca, a Comissão do Mercado de Capitais (CMC), supervisor sobre os valores mobiliários, a ARSEG, reguladora das empresas de seguros, e também o Ministério da Justiça, que superintende os notários, além de outros”, explicou.
A UIF, que responde ao titular do poder executivo e ao Banco Nacional de Angola, foi criada em 2011 para prevenir e analisar operações suspeitas de branqueamento de vantagens de proveniência ilícita ou financiamento do terrorismo, através da recolha, centralização, análise e difusão, a nível nacional, da informação respeitante a esta matéria. MERCADO