Odinga criticou o facto de a Comissão Eleitoral ter fixado a nova data das eleições sem consultar a oposição e colocou várias condições, entre as quais uma auditoria do sistema eletrónico da comissão (IEBC).
A oposição afirma que o sistema de transmissão dos resultados das recentes presidenciais foi pirateado.
Pediu ainda a demissão de vários dos membros da comissão eleitoral e a possibilidade de todos os candidatos elegíveis se candidatarem, incluindo os seis outros candidatos ao escrutínio de 08 de agosto, além de si próprio e do presidente cessante Uhuru Kenyatta.
"Não haverá eleição a 17 de outubro a não ser que os termos e condições que enumeramos neste comunicado sejam cumpridos pela IEBC", declarou Odinga, que falava em Nairobi na presença dos principais líderes da coligação da oposição NASA.
O veterano da oposição, 72 anos, reiterou a sua recusa de ver a Comissão Eleitoral conduzir o escrutínio com a sua atual composição.
"Dizemos que há uma série de funcionários eleitorais que devem ser enviados para casa e outros que devem ser investigados e acusados pelos crimes odiosos cometidos nas últimas eleições", adiantou Odinga.
A 11 de agosto, a IEBC declarou Kenyatta vencedor das presidenciais com 54,27% dos votos, contra 44,74% para Odinga, que disputava o cargo de chefe de Estado pela quarta vez, após ter sido derrotado em 1997, 2007 e 2013.
A proclamação de vitória de Kenyatta foi seguida de protestos e violência que causaram pelo menos 21 mortos, a maioria devido à ação da polícia nos vários bastiões da oposição.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal, ao qual a oposição recorreu, anulou os resultados do escrutínio de 08 de agosto, reconhecendo a existência de "ilegalidades e irregularidades".