Por Emerson Sousa (Menakuntuala)
O presidente da UNITA Adalberto Costa Jr. tomou posse e já deixou o seu ADN na nossa arena política: a profundidade do combate político. Desde a sua eleição em 2019, que temos vindo a assistir a um combate sem precedentes e que tem instigado agitação no espaço político angolano. O presidente Adalberto Costa Jr. trouxe uma dinâmica de comunicação ampla com a sociedade civil organizada e contestatária, grupos sindicalistas e de pressão.
De 2019 para 2020 a UNITA levou milhares de cidadãos às ruas, numa clara demonstração de mobilização rural e urbana jamais vistas. O novo secretariado do presidente Adalberto Costa Jr. também tem demonstrado pujança, bastante abertura e criatividade na sua abordagem e comunicação, o que permitiu se catapultar novos quadros e dirigentes da UNITA, como a deputada e vice-presidente Arleth Chimbinda, Álvaro Chikuamanga, Anabela Sapalalo, Dr. Faustino Mumbika, Albino Simão Dembo, Virgílio Samussungo e outros que têm tido um papel ativo e de relevante importância nessa campanha eleitoral de 2022.
A UNITA tem estado a protagonizar um novo fenómeno político que, direta ou indiretamente, tem contribuído para a adesão em escala massiva de novos militantes e simpatizantes do partido para participarem ativamente no processo democrático de Angola.
Dentro desse espírito de mudança e alternância política, a UNITA lançou as bases para a construção de uma plataforma conjunta de oposição eleitoral ao MPLA. Conhecendo bem a situação, já experiente e calejada após vários processos eleitorais denunciados, a oposição angolana decidiu contrariar as expectativas do regime e lançou publicamente a Frente Patriótica Unida.
A Frente Patriótica Unida é uma plataforma política ad hoc com objetivo claro: mandar o MPLA para a oposição, segundo palavras do próprio Dr. Justino Pinto de Andrade, no ato de lançamento e apresentação da coligação.
Essa plataforma já é uma realidade, contemplada e amplamente divulgada pelos seus interlocutores principais, que juntos representam as forças vitais dessa plataforma como o Bloco Democrático, o PRA-JÁ e a UNITA – conjugando forças com figuras da sociedade civil organizada e contestatária, da U.P.A. (movimento político liderado por Pedrowski Teca) e de várias intenções políticas menos ativas. E é o líder da UNITA que dirige essa plataforma.
Adalberto Costa Jr., Abel Chivukuvuku e o Dr. Filomeno Viera Lopes lideram a Frente Patriótica Unida para materialização da alternância política em Angola. Lançadas as bases da corrida eleitoral, somam-se valores sociais e políticos a cada semana. São várias as mensagens e declarações públicas, tanto de apoio como de solidariedade com a causa da UNITA e dos angolanos.
Os ataques da estação TPA, promovidos pelos órgãos estratégicos e ação psicológica do regime, tiveram o efeito reverso, pois ao invés de beliscar, acabaram por aflorar a imagem da “vítima”. Ou seja, toda a narrativa montada para denegrir a imagem e reputação do presidente da UNITA, acabou por levantar um sentimento de revolta e solidariedade da população para com o Eng. Adalberto Costa Jr.
E uma vez identificada, a máquina de ação psicológica deixa de concretizar o efeito desejado pelo MPLA: quebrar o sentimento de esperança sobre o líder da UNITA.
Após a investida do regime e por meio dos veículos de comunicação social públicos e privados, avançaram com o real estado de law fare. Assistimos ao Tribunal Constitucional a deliberar sobre a vida interna da UNITA, chegando ao limite de uma ação cautelar e de jurisprudência que interpôs um Acórdão para anular o XIII Congresso da UNITA que elegera Adalberto Costa Jr.
A população foi rápida na interpretação dos factos e ainda dentro do sentido de participação ativa, já imbuídos do seu papel nesse processo eleitoral, os cidadãos tiveram um papel importantíssimo na reposição do líder da UNITA. Foram cidadãos e académicos angolanos que apresentaram saídas e alternativas ao embate que o regime impunha à UNITA por via do Tribunal Constitucional. E foram os cidadãos que depositaram milhões de kwanzas nas contas do partido, de forma a se garantir a realização célere e atempada do Congresso que recolocaria o Eng. Adalberto Costa Jr. na presidência da UNITA.
Em Dezembro de 2021 o Eng. Adalberto Costa Jr. volta a liderança da UNITA, mas dessa vez volta com os seus poderes reforçados e uma maioria absoluta de 94% dos votos no XIII Congresso. Já reposto à liderança da UNITA, Adalberto Costa Jr. reforçou a materialização da FPU, abrindo assim as agendas da pré-campanha política, que levará a desbravar todas províncias e as principais praças eleitorais do país.
São vários os jovens que têm despontado nessa empreitada, fazendo jus ao grupo de jovens turcos que defendem e demarcam fileiras em torno do novo líder da UNITA. Estamos a falar de ativistas e figuras sonantes da sociedade civil como a jornalista Amélia Aguiar, o ativista Nuno Álvaro Dala, a mana Gizela Silva, o jornalista José Gama, o Youtuber Master Ngola Nvunge, Henrique Stress, o Portal Etu Mwele Sul, Nelson Sul, a ativista residente em Portugal Lady Laura, a actriz Ana Karina, o ativista Dito Dali, o ativista cívico Gangsta, Hitler Samussuko, Isidro Fortunato, o analista político Pakissi e outros.
Mas é nas bases da UNITA que se recolhem os melhores ativos humanos para o partido, pois é desde a JURA que a UNITA tem alimentado as suas fileiras políticas. Com a formação política e ideológica assegurada pelo Dr. Chipindo Bonga e pelo Professor Eduardo Paulo, a JURA vai garantindo a colheita política para a direção nacional do partido.
As qualidades dos quadros da UNITA estão assentes nos pilares do Projeto de Muangai, na aplicação rigorosa dos 12 Pontos de Ética e na distinção ideológica do seu papel fundador entre as demais juventudes partidárias. Sustentado por um programa de formação política integrado e temático, essa nova geração de militantes da UNITA promete dar respostas aos principais desafios do país.
Capitaneados pela geração intermédia do Secretário Nacional Alcino Kuvalela e do Deputado Ali Mango, a UNITA vai lançando os seus quadros militantes e destacadas lideranças juvenis, que vão clarificando o futuro político do Galo Negro.
Depois da geração de quadros dirigentes e deputados do partido, vamos vendo um conjunto de jovens intelectuais, mobilizadores, ativistas políticos e diplomatas em potencial acensão.
Vão sonando nomes de jovens que hoje alcançaram os órgãos de decisão política da UNITA (Comité Permanente e Comissão Política), como Agostinho Kamuango, Evaldo, António Marques, Victor Mbule, Patrícia Saldanha, Jeremias Mahula, André Cubano, Domingos Palanga, Ariane Nhany, Elvércia Guapa, Ginga Savimbi, Djeff Dembo e muitos outros maninhos e maninhas, que muito têm contribuído para a mobilização massiva do partido, rumo às eleições de 2022.
É com essa vanguarda de jovens militantes e quadros da JURA que a UNITA vai penetrando os grandes centros urbanos do nosso país. De lembrar as grandes passeatas e comícios na província do Huambo, no Uíge, em Malange e em Benguela onde, por sinal, foi um recado claro para o MPLA, que dessa vez não ouse defraudar as expectativas populares.
Na diáspora angolana as estruturas do partido estão nas mãos de jovens talentosos como o Jonas Mulato, o secretário da JURA em Portugal Edgar Kapapelo, o Dedalto e o Deval Chiwale, na mobilização especial e assuntos eleitorais, respetivamente, o Embaixador da Paz pela ONU Bernardo Kanda, em Bruxelas, o César Chiyaya e o Celestino Bastos, no Marketing, o Eng. Luciano Jai na regional de Coimbra e o Emerson Sousa (Menakuntula) na formação de quadros em Portugal. Deste último grupo de jovens da UNITA despontou um trabalho fenomenal de sensibilização ao voto na diáspora, na articulação diplomática com outras congéneres políticas (participam frequentemente dos encontros e atividades da Juventude Popular do CDS e da Juventude Social Democrata do PSD) e envidaram esforços para travar a guerra cibernética e digital, depois de anunciada a anulação do Congresso por força do Acórdão do Tribunal Constitucional. Então podemos aqui concluir que, a UNITA está viva e recomenda-se!
Teremos um combate político muito cerrado e competitivo, mas esperamos claramente um desfecho diferente dos anteriores. De facto, a população espera assistir a um pleito eleitoral aberto e transparente, no sentido de um dia poder ver os seus problemas sociais resolvidos.
Observador