Luísa Damião, que lançou este desafio no acto de apresentação pública da agenda política do MPLA para 2021, disse que se deve preparar agora o partido para vencer as eleições gerais e autárquicas, que se vencem com trabalho antecipado.
"Temos de começar a ganhar as eleições este ano e não esperar por 2022. Para isso, necessitamos da contribuição de todos, porque o MPLA tem de continuar a manter-se no poder para resolver os problemas do povo”, afirmou a dirigente, anunciando que a preparação das condições para a vitória nas eleições gerais e autárquicas é um dos eixos da agenda política do partido para 2021.
Outros eixos principais são a consolidação da paz, unidade e harmonia nacional, a organização, com sucesso e de modo participado, dos congressos do MPLA e da OMA, bem como a intensificação das acções de combate à corrupção, impunidade, bajulação e nepotismo, com vista à moralização da sociedade.
Entre as acções do MPLA para este ano consta, igualmente, a promoção de "acções estruturantes”, no âmbito da reforma do Estado, aprofundamento e apoio ao relançamento do sector produtivo, diversificação da economia e estabilização macroeconómica do país, promoção do aumento do emprego para jovens, bem como a sua capacitação profissional e académica. Num recado aos adversários, Luísa Damião afirmou que "o MPLA está atento às manobras” que as forças políticas da oposição estão a efectuar "para desacreditar o partido" no poder.
"O MPLA não é um partido só de palavras, é pragmático, faz as coisas e está comprometido com o povo”, afirmou Luísa Damião, exemplificando que, nos próximos tempos, a província do Bié vai ter 50 novas escolas e 11 unidades sanitárias. "Esta é uma prova clara e evidente que o MPLA está comprometido com o seu povo”, sustentou.
Ainda relativamente ao Bié, a "número dois” na hierarquia do partido no poder destacou as mudanças positivas que se verificam nesta província, que "está a reerguer-se das cinzas de um passado de guerra”. Entre as acções realizadas no Bié, referiu-se à inauguração, em Setembro do ano passado, do Hospital Geral "Walter Strangway”.
Disse não ter sido em vão que o partido venceu todas as eleições realizadas no país. "Podemos dizer, com orgulho, que estamos no poder por mandato soberano do povo”, declarou.
Recado aos dirigentes do partido
A vice-presidente do MPLA chamou a atenção dos governantes - que também são membros do partido - sobre a necessidade da boa governação. "Temos de intensificar o combate à corrupção, o nepotismo e a impunidade, pois todos devem pautar-se pelo respeito da coisa pública. Temos de ser referência para as gerações vindouras”, defendeu Luísa Damião, para quem o combate à corrupção é uma tarefa que deve ser abraçada por todos, pois "é um imperativo nacional”. "Temos de trabalhar arduamente para conquistar a confiança do povo. Para isso, temos de trabalhar com disciplina e coesão”, advogou a política, que exortou os dirigentes, quadros e militantes do MPLA a "partirem para o combate político com espírito de bravura”.
Para Luísa Damião, o sétimo Congresso da OMA, agendado para Março, vai contribuir na sensibilização das mulheres para a sua participação activa no processo de desenvolvimento económico, social e estrutural do país. "Auguramos que a OMA saia deste congresso mais forte, inclusiva e rejuvenescida”, disse, reconhecendo a organização feminina do MPLA como "uma força e grande-valia para o partido e o Governo” na procura de soluções para os problemas da mulher e da família.
Quanto ao Congresso do MPLA, marcado para Dezembro, a dirigente disse acreditar que vai servir para consolidar, ainda mais, as ideias do partido. O conclave vai decorrer sob o lema "MPLA – por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva”.
"Será um congresso com muitas novidades, no qual teremos 50 por cento de delegados mulheres. Teremos ainda 50 por cento de mulheres na constituição dos órgãos do partido”, anunciou Luísa Damião, para quem isto é sinal de que "o MPLA está cada dia mais forte”.