As declarações foram feitas durante uma entrevista à radio LAC, tendo o jurista afirmado que nunca defendeu o ex-presidente José Eduardo dos Santos, ao mesmo tempo que considerou que, do ponto de vista jurídico, o antigo Presidente da República de Angola, ainda pode concorrer nas eleições gerais, previstas para 2022.
William Tonet, esclareceu ainda que, no período de 1979 a 2012, José Eduardo dos Santos governou Angola sem qualquer mandato e que constitucionalmente o ex-chefe de Estado cumpriu apenas um único mandato, sendo entre 2012 a 2017, razão pela qual ainda está́ elegível para poder governar o país, por mais um mandato.
"Você̂ sabe o que pensa JES? Ninguém de nos sabe o que ele pensa. Prenderam-lhe o filho, não disse nada, arrastaram tudo que era da filha, não disse nada, arrastaram tudo dos seus companheiros, não disse nada", observou, alertando para possível instabilidade que este pode causar, se de repente decidir concorrer.
A esse respeito, Tonet considerou que, se de algum modo JES o fizer, estaria legitimamente a concorrer nas eleições de 2022.
"É possível. Ele pode e tem legitimidade de ser cabeça de lista independente", afirmou.
Por outra, William Tonet alertou para a confusão que se criou, sobretudo, criticando os "golpes" feitos na lei, por alguns juízes.