"Um tanque de oxigénio parte amanhã [segunda-feira] num cargueiro militar, com destino a Moçambique", lê-se em comunicado.
A informação foi prestada por João Lourenço, Presidente de Angola, numa conversa telefónica mantida hoje com Filipe Nyusi, chefe de Estado de Moçambique, no âmbito dos contactos regulares entre ambos.
Durante a conversa, ambos "trocaram informações sobre a evolução da covid-19 nos dois países, assim como na região, e o seu impacto nas respetivas economias".
Os governantes trocaram igualmente informações sobre a situação de segurança e Nyusi atualizou João Lourenço sobre "as ações de combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado".
Os dois presidentes comprometeram-se "a manter consultas com regularidade e a fortificar a cooperação".
Moçambique registou mais casos, mortes e internamentos em janeiro do que em todo o ano de 2020.
Atualmente tem um total acumulado de 535 mortes e 50.265 casos, dos quais 63% recuperados, e 294 internados.
Já em Cabo Delgado, norte do país, a violência armada dura há três anos, naquela que é a província onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural.
A situação está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.