Em declarações hoje à Angop, a directora provincial do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), Bárbara Coutinho, disse que a instituição recebeu oito queixas e autuou os fornecedores.
Trata-se de seis reclamações de postos de abastecimento da Pumangol e duas da Sonangol, sendo que da primeira, cinco foram validadas, mas até agora só três mereceram indemnização e os restantes aguardam por uma solução. Já por parte da Sonangol, as duas queixas mereceram a atenção da empresa.
“O fornecedor assumiu e ressarciu os danos que causou aos consumidores num valor de 505 mil, 361 kwanzas. Em relação à Sonangol recebemos dois processo que já foram resolvidos, a empresa ressarciu os consumidores com o valor de 142 mil e 767 Kwanzas”, precisou.
Segundo ela, os factos aconteceram em Março, mas as reclamações foram mediadas pelo instituto em Abril e resolvidas no mês em curso.
Os consumidores relataram que após o abastecimento de combustível nos seus automóveis notaram que os veículos apresentaram alguma diferença, com fumaça estranha e levaram a oficinas que concluíram que a avaria foi provocada pelo consumo de combustível impróprio.
Referiu que as empresas assumiram os danos e notaram que realmente existiu abastecimento de um combustível impróprio, num prazo de dois a três dias e pode se dar o caso de ter mais consumidores que podem aparecer para apresentar reclamações, pois houve clientes que fizeram as reclamações nas bombas e não tiveram um resultado imediato.
Informou que a empresa Pumangol, sem a mediação do INADEC pagou sete facturas, de igual número de processos com um custo global de mais de um milhão de kwanzas, a clientes que foram até ao local se queixar do mau produto, cujos pagamentos foram feitos todos do mês de Maio.
Disse ter ainda um processo em curso, envolvendo a Sonangol que se comprometeu a indemnizar os danos que causou aos consumidores.
Em Março, a Sonangol suspendeu a venda de gasolina em alguns postos de abastecimento de combustíveis no Cunene e na Huíla, depois de ter identificado gasolina com parametros ligeiramente fora das especificação de consumo, nas bombas da Pumangol, Sonangalp e Sonangol Distribuidora.
Naquela altura, foram realizadas análises, para avaliar a qualidade do produto nos postos de abastecimento e nas instalações de armazenagem de proveniência, de modo a aferir a causa e mitigar os constrangimentos.