A juíza Maria Imaculada Lucinda, na altura da leitura da sentença, deu como provado o envolvimento de Armindo Francisco Kalupeteka na morte de Kamutali Epalanga, acusado da prática de feitiçaria que terá resultado a morte neta, de nome Adélia.
O crime preterintencional aconteceu na Ombala do Bailundo, no dia 14 de Março de 2017, numa sessão de julgamento tradicional conduzido por Armindo Francisco Kalupeteka, durante o qual era usada uma bengala, denominada "Ginga”, supostamente movida por forças ocultas até encontrar o culpado, que depois era espancado até à morte. Este foi o caso de Kamutali Epalanga, dado como o culpado pela morte da neta.
Além de Armindo Francisco Kalupeteka, que deve pagar 150 mil kwanzas de taxa de Justiça, foi, igualmente, condenado, à revelia, a uma pena de oito anos de prisão e ao pagamento de taxa de Justiça de 120 mil kwanzas, o prófugo David Salvador Mwangala, o curandeiro da Ombala.
Os dois co-réus pagarão, solidariamente, à família de Kamutali Epalanga a quantia de dois milhões de kwanzas. O co-réu Fernando Hossi, secretário da Ombala, identificado nos autos, foi absolvido, por não haver provas do seu envolvimento no crime. JA