Segundo o diretor nacional dos Recursos Marinhos do Ministério das Pescas de Angola, Victor Chilamba, a medida, que entra em vigor hoje, 01 de julho, e decorre até final de agosto, visa garantir a reprodução, crescimento e desenvolvimento das espécies.
“Esta medida visa fundamentalmente garantir a reprodução, crescimento, desenvolvimento das espécies, mas tem um ganho a curto e longo prazo, razão pela qual nem todas as embarcações devem parar em simultâneo (…) e também temos tido alguma compensação, em termos de importação, o que de certa forma criará algum equilíbrio em termos de preço”, afirmou Victor Chilamba, citado hoje pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
A ministra das Pescas e Recursos Marinhos de Angola, Cármen do Sacramento Neto, explicou, por sua vez, que a proibição da pesca do carapau tem início hoje por ser o período em que esta espécie marinha entra na sua época de reprodução.
“É todo um contexto que os angolanos já estão habituados, é uma rotina de pesca que se restringe a dois meses (…) de pausa, é uma gestão que todo o nacional sabe que existe esta paragem biológica das espécies”, justificou a governante.
António Gama, presidente da Associação dos Armadores de Pesca de Angola, afirmou, em declarações à RNA, que a medida é consensual e que, apesar de se traduzir num sacrifício económico, no fim do período de veda, deve beneficiar a todos.
“Vamos ficar em veda, é algo que nos custa quer financeiramente e economicamente é um sacrifício, mas quando é um sacrifício feito por todos, mas depois todos irão beneficiar com o resultado dessa veda, portanto todos juntos vamos cumprir e vamos nos sacrificar todos para o bem deste recurso e da economia”, referiu o empresário.