Segundo a acusação, os factos ocorreram durante os tumultos verificados durante a greve dos taxistas, ocasião em que os arguidos vandalizaram as instalações dos supermercados Angomart e Arreiou, localizados no bairro Golf 2.

De acordo com a juíza de direito, Edith Albino, os cidadãos foram flagrados quando tentavam subtrair bens que não lhes pertenciam, apanhados em flagrante delito na via pública, na avenida Luther Rescova, enquanto vandalizavam patrimônio público e privado, de forma fraudulenta, subtraindo diversos meios.

Relativamente ao arguido João Grosso, não nos restam dúvidas de que os arguidos cometeram um crime, de que vêm acusados, uma vez que se encontravam na via pública, no ajuntamento tumultuoso da população, enquanto decorriam os distúrbios de vandalização e de predação um pouco por toda a cidade de Luanda. O magistrado do Ministério Público, Valter da Costa, diz que os arruídos ora detidos são considerados os principais culpados dos atos de vandalismo e arruaças na capital do país.

Verifica-se existirem indícios suficientes de terem os arguidos Cândido João, João Grosso Ferreira, Genilson Paciência Miguel, Cristiano Gonçalves e Quintas Mendes ora suspeitos incorridos na prática do crime de participação em motim, isto é punível pelo artigo 298 nº 2, promove-se que sejam os autos introduzidos a juízo para o julgamento do Magistrado do Ministério Público, Valter da Costa e os cinco cidadãos condenados por atos de arruaça e pilhagem na cidade de Luanda.

Além da pena, cada um deverá pagar 25 mil kwanzas de taxa de justiça e dois mil kwanzas destinados aos defensores oficiosos.

A defesa, por sua vez, discordou da decisão do tribunal e interpôs recurso ordinário com efeito suspensivo.