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Governo são-tomense diz ter impedido "ação terrorista" que pretendia sequestrar PR e assassinar PM

Post by: 08 Agosto, 2018

O Governo são-tomense garantiu hoje que impediu uma "ação terrorista" que visava o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiro-ministro e chefe do Governo.

"Nesta operação foram detidos por enquanto três indivíduos de nacionalidade espanhola e dois cidadãos nacionais", indica o Governo, num comunicado do Conselho de Ministros.

Segundo o executivo, "além destas detenções, foram apreendidos na posse dos três cidadãos espanhóis que atuavam no país como mercenários, material bélico, facas de mato, granadas, binóculos e óculos de visão noturna, uniformes estrangeiros com distintivos nacionais, entre outros".

No comunicado, o executivo são-tomense refere que "face à gravidade da situação e dos atos perpetrados até então pelos indivíduos envolvidos, o Governo acionou imediatamente os mecanismos internacionais de entreajuda em casos semelhantes com países amigos e a Interpol que responderam prontamente na assistência à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Judiciária".

No comunicado o Governo "assegura que tem o controlo total do país e garante a segurança individual e coletiva de todos os cidadãos e seus bens, bem como assegura a total liberdade de circulação sobre todo o território do país".

Os cinco detidos deverão ser ouvidos hoje pelo juiz de instrução criminal.

Na terça-feira, os detidos foram levados a tribunal, onde ficaram durante cerca de cinco horas sem serem ouvidos pelo juiz.

Fonte judicial disse à Lusa que "alguns juízes de instrução criminal se manifestaram impedidos, recusando-se desta forma a pegar neste caso".

Esta é a segunda tentativa de subversão da ordem constitucional em menos de dois meses em São Tomé e Príncipe.

Em 21 junho o governo anunciou que tinha detido o deputado do MLSTP-PSD Gaudêncio Costa, ex-ministro da Agricultura, e Ajax Managem, um sargento da Forças Armadas, por "tentativa de subversão da ordem constitucional".

Os dois suspeitos foram postos em liberdade sob termo de identidade e residência pelo juiz de instrução criminal Francisco Silva, que alegou falta de provas para manter os dois acusados em prisão preventiva.

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