Um analista angolano disse hoje não acreditar que o MPLA, partido no poder, mantenha nas eleições de 24 de Agosto a hegemonia de 2017, acreditando que a disputa será renhida e que partidos caloiros terão dificuldades de eleger deputados.
O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola considerou hoje que a permanência de cidadãos junto às assembleias de voto “tem potencial para gerar atrito”, apelando a que abandonem o local após terem votado.
Membros da sociedade civil e de organizações como a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) defendem a impugnação das eleições, devido a irregularidades no processo eleitoral, e convocaram para sábado uma marcha em defesa da transparência.
A Comissão Provincial Eleitoral do Namibe (CPE) desmentiu, este domingo, em Moçâmedes, informações difundidas nas redes sociais sobre um alegado de votação antecipada, na localidade de Caraculo.
O líder da UNITA disse hoje que o fundador do partido, Jonas Savimbi, que morreu em combate em 2002, “também está na lista para votar”, voltando a denunciar a existência de “milhões de mortos” nos cadernos eleitorais.
Um relatório do Instituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês), da África do Sul, defende que “a mediação será necessária para evitar um provável conflito violento pós-eleitoral”, na sequência das eleições de 24 de agosto em Angola.
Um grupo de 15 professores da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), angolanos e portugueses, queixa-se de “despedimento irregular” por parte da comissão provisória da instituição de ensino, considerando que lhes foi imposta a assinatura de acordo “ilícito”.
Representantes da sociedade civil e organizações não-governamentais (ONG) de Angola manifestaram hoje “amplo e entusiástico apoio” à resolução apresentada há uma semana no Senado norte-americano para que os angolanos tenham eleições “livres, justas e pacíficas” em 24 de agosto.
O apelo do presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana às autoridades para que impeçam a concentram dos eleitores no exterior das assembleias de voto provocou reações antagónicas em alguns juristas angolanos contactados pela Lusa.
A UNITA, oposição angolana, reiterou hoje o apelo dos eleitores se concentrarem nas imediações das assembleias de voto, após votarem “para verificarem a ata síntese, por ser um ato legal”, e criticou a “histeria” do órgão eleitoral.
Uma organização da sociedade civil angolana acusou hoje a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de “confundir a letra e o espírito da lei” ao tentar impedir que os cidadãos permaneçam junto às assembleias de voto nas eleições de dia 24.
O líder do MPLA, João Lourenço, disse hoje que o seu partido vai “aceitar e respeitar” os resultados das eleições de 24 de agosto em Angola e exortou todos os concorrentes a fazerem o mesmo.