Durante vários anos, a diplomacia angolana consistiu a gerir uma situação de conflito colocando o país numa posição defensiva internacionalmente. A mudança de estratégia impõe-se.
Logicamente, uma nova abordagem devia prevalecer com o fim da guerra em 2002.
A mudança foi necessária. O abandono da diplomacia defensiva em favor da ofensiva teria sido mais benéfico tanto no plano da imagem do país como no quadro da cooperação internacional.
Com a globalização, o mundo está tornando-se cada vez mais interdependente. O país deve integrar este novo parâmetro na concepção da sua política externa.
Para enfrentar este desafio, o foco deve ser posto na formação eficiente dos futuros diplomatas. Em termos de ganho, o discurso polêmico sobre o passado deixamos rapidamente o lugar ao discurso analítico.
Nesta nova configuração internacional, cada país está lutando para melhorar a defesa dos seus interesses. É hora de entender que uma dose saudável de desempenho na diplomacia angolana permitiria de recuperar o atraso nesta área. Isso contribuiria a redução progressiva do número de embaixadas, para minimizar os custos financeiros como fazem actualmente muitos países ocidentais. A qualidade primeira a quantidade.
Por motivo de eficiência, seria sábio despolitizar a diplomacia. O Estado assegura a melhor formação dos diplomatas para acabar ao prazo com o problema de complexo que sofreriam muitos diplomatas africanos, em reuniões internacionais. Angola tem os meios para desenvolver uma diplomacia eficaz, à altura de suas riquezas.
Com sua experiência, Angola está bem posicionada para tomar iniciativas no âmbito de prevenir e resolver conflitos no continente. A sua credibilidade permanece intacta em matéria de paz. A reforma da diplomacia atual é urgente. Tomará em conta a evolução da situação política e do contexto internacional. Ela se adaptará constantemente às novas realidades para gerir a melhor as questões de política internacional. Além disso, é importante desenvolver uma estratégia para compensar a ausência dos angolanos em instituições internacionais.
Será, portanto, ao vencedor das próximas eleições de priorizar esta problemática. Uma melhor percepção da imagem do país e mais benefícios em matéria da cooperação internacional resultariam de uma diplomacia ofensiva e, sobretudo, desinibida.