O Maka Angola acusava a presidência de ter medo de revelar a sondagem, para não mostrar a real extensão da capacidade eleitoral do MPLA. A 10 de agosto, o oficial Jornal de Angola negava a sua veracidade e aparecia com outra, em que o MPLA ganharia com 68% dos votos.
O oposicionista Sedrick de Carvalho diz que o resultado das eleições "será o que o MPLA quiser". Se assim for, podemos apontar para qualquer coisa à volta dos 70%. O MPLA nunca permitiria eleições justas, especialmente no contexto atual. Por um lado, José Eduardo dos Santos está de partida, ao fim de 38 anos na presidência. O grande problema da sobrevivência das ditaduras está na sucessão.
É então que começam a desfazer-se por dentro, porque se multiplicam aqueles que querem ser "califas no lugar do califa".
João Lourenço é o sucessor nomeado e terá que ter uma legitimidade parecida à do antecessor. Por outro lado, a economia angolana vive uma crise grave, resultante da queda do preço do petróleo.
A presidência precisa de se sentir legitimada para lidar com a impopularidade que há de vir.
CM