Archer Mangueira comentou hoje, em declarações à imprensa, no final da cerimónia de abertura da primeira sessão legislativa da IV legislatura, o recente anúncio da detenção de funcionários da AGT, por suspeitas de desvio de receitas da cobrança de impostos a empresas importadoras.
"O que se passa é um trabalho que está em curso já há algum tempo e que visa detetar as redes que estão instaladas e que têm prejudicado o nível da arrecadação das despesas. É um trabalho que vai continuar e que tem que prosseguir na AGT e em todas as instituições que são responsáveis pela gestão dos recursos públicos", referiu.
Archer Mangueira destacou que o processo está em curso por iniciativa da AGT, em articulação com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), com vista à "moralização da própria instituição".
A investigação, segundo fonte do SIC citada pela imprensa estatal angolana, terá começado há cinco meses, após denúncia ao Ministério Público, relatando o funcionamento de uma rede que negociaria a cobrança de impostos, reduzindo os valores a pagar pelas empresas e desviando outra parte.
Em causa estão impostos devidos nomeadamente por empresas que importam bens de primeira necessidade para Angola, com a imprensa a relatar um alegado desvio, por esta rede, de entre 170 a 500 milhões de kwanzas (865 mil a 2,5 milhões de euros).