O governante fez esta constatação hoje, em Luanda, no âmbito das visitas efectuadas aos órgãos de comunicação social públicos, no período de 5 a 19 de Outubro de 2017, tendo, na sequência, orientado algumas acções nos domínios de gestão, técnico e editorial.
No domínio de gestão
- Revisão da dimensão e do modelo de negócios das empresas públicas de comunicação social, para que sejam mais racionais, produtivas e eficientes, adaptando-se ao contexto actual e às necessidades estratégicas do país, internas e externas.
- Necessidade de rever o quadro de pessoal, eliminar os funcionários fantasmas e evitar o esbanjamento em geral, assim como de aumentar as receitas próprias, para não dependerem exclusivamente do Orçamento Geral do Estado (OGE).
No domínio técnico
- Expandir o sinal de rádio e TV, com soluções tecnológicas adaptadas, racionais e mais baratas, melhorar a distribuição da imprensa escrita para levar os jornais e revistas a todos os cantos do país.
- Modernizar urgentemente a ANGOP, nomeadamente apostando no multimédia.
No domínio editorial
- Promover o debate plural e contraditório.
- Melhorar a informação regional.
- Aumentar o noticiário africano.
- Produzir uma informação rigorosa, diversa, completa e factual, assim como separar claramente jornalismo e propaganda, “embora ambos tenham o seu lugar no espaço mediático”.
Sugeriu uma gestão criteriosa e uso racional dos poucos recursos existentes, assim como a formação de quadros, para que as empresas continuem a manter o seu normal funcionamento.
Por outro lado, no encontro mantido com os funcionários do Ministério da Comunicação Social, na semana finda, o ministro apelou para um trabalho de equipa com espírito de solidariedade para a revitalização do sector.
“Vamos procurar cumprir as orientações do Presidente da República, João Lourenço, transmitidas a todos os ministérios para que o país caminhe para uma nova maneira de estar e agir”, disse.
João Melo pediu ainda que se abstenham de atitudes e práticas erradas e colaborem com a direcção do ministério, ao mesmo tempo que se predispôs a dialogar com todos os trabalhadores sobre qualquer situação.
As visitas de constatação aos órgãos marcaram a primeira acção empreendida pelo ministro, desde a sua nomeação e empossamento, pelo Presidente da República, João Lourenço, em actos realizados nos dias 28 e 30 de Setembro de 2017.