A informação foi avançada pelo vice-presidente da segunda maior força da oposição angolana, André Mendes de Carvalho "Miau", em declarações à imprensa, à margem, de um encontro mantido, na quarta-feira, com uma Missão Exploratória da União Europeia, que se encontra em Angola, para ouvir entidades governamentais, partidos, coligações de partidos e sociedade civil, sobre o processo eleitoral.
Segundo André Mendes de Carvalho `Miau´, a CASA-CE está dentro dos prazos para dar entrada do seu processo no Tribunal Constitucional e ser reconhecida.
O Tribunal Constitucional de Angola indicou o prazo de 02 a 21 de maio para os partidos políticos e coligações legalmente reconhecidos apresentarem as suas candidaturas às eleições gerais do dia 23 de agosto deste ano, prazo que não é prorrogável.
O também líder da bancada parlamentar da CASA-CE referiu que está já agendada uma reunião do Conselho Deliberativo Nacional, onde todo o processo será aprovado para seguir para o tribunal.
André Mendes de Carvalho referiu que a coligação de partidos esteve num processo para a sua transformação em partido, que acabou por não se concretizar.
«Embora as nossas conversações com o bloco tenham começado há bastante, mas havia necessidade de se esperar a ver como é que este processo da transformação iria terminar a nível do Tribunal Constitucional», explicou o político.
O responsável acrescentou que `não é a mesma coisa o Bloco integrar uma coligação ou o Bloco associar-se a outro partido na coligação´.
«Estamos num processo de negociação e tudo isto tem feito com que utilizemos o tempo de maneira conveniente. Mas não estamos atrasados, estamos dentro do tempo», frisou.
O dirigente político salientou que o processo de integração do Bloco Democrático `está todo a correr perfeitamente´.
A CASA-CE é a terceira maior força política de Angola saída das eleições de 2012, ano em que foi criada a coligação, atualmente constituída por quatro partidos políticos - o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), o Partido Pacífico Angolano (PPA) e o PAADA - Aliança Patriótica.
Lusa