Manuel Augusto, que falava aos jornalistas depois de receber, em Luanda, o seu homólogo português, Augusto Santos Silva, que chegou à capital angolana para uma visita de trabalho de 24 horas, salientou também que a situação financeira em Angola "está a fluir", pelo que os empresários "têm agora uma esperança renascida".
"Está tudo bem encaminhado. Acreditamos que estamos a dar os passos certos, a saber contornar os vários obstáculos que aparecem naturalmente e a grande questão, a financeira, está a fluir, pelo que os empresários têm uma esperança renascida", afirmou, para acrescentar: "Sentimos que há, até, um movimento impulsionador que faz com que aqueles que até agora não cooperavam ou que não tinham negócios em Angola queiram fazê-lo".
E continuou: "Acho que são indicadores suficientemente importantes para nos animar, mas que também nos dão a responsabilidade de continuarmos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para criar um ambiente propício para os negócios".
Sobre a deslocação de Santos Silva a Luanda, destinada a preparar a visita de Estado a Angola que o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai efetuar no início de março, Manuel Augusto salientou ser "importante", sobretudo numa altura em que, também, se está a aperfeiçoar a cooperação bilateral.
"Quer em termos políticos, quer empresariais temos dado corpo às decisões tomadas [no quadro dos acordos de cooperação]. Vamos preparar a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e também [sexta-feira de manhã] afinar o pacote político e de cooperação que vai conformar o programa da visita [do chefe de Estado português]", sublinhou.
Na deslocação a Luanda, Santos Silva é acompanhado pelos secretários de Estado portugueses da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, que terão, na sexta-feira de manhã, uma reunião com o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira.
Durante a estada em Angola, Santos Silva terá um encontro privado na sexta-feira de manhã com Manuel Augusto, a que se seguirá uma reunião de trabalho entre delegações dos dois países, havendo, no final, declarações à imprensa.
A meio da manhã, o chefe da diplomacia portuguesa será recebido em audiência por João Lourenço, seguindo-se, de tarde, visitas ao Centro de Formação da empresa portuguesa Teixeira Duarte, em Talatona, e à empresa Carpinangola, da empresa Casais, projeto que conta com o apoio da SOFID, próximo de Viana, arredores de Luanda.