Segundo uma denúncia para Voz de Angola, o Gabinete de Recursos Humanos do Governo Provincial da Lunda-Sul, foi responsável em emitir uma relação nominal dos inspectores daquela região que, por força do Decreto n°246/20 de 29 de Setembro, passaram para a IGAE.
"Nesta lista tem funcionários do regime geral, bem como inspectores que têm dupla efectividade e estão bem enquadrados, em comparação com os inspectores que muito se sacrificam", segundo alerta a fonte.
A referida lista nominal, composta por 32 funcionários de ambos sexos, afectos ao Governo Provincial, já foi alegadamente enviada para a capital do país, Luanda, no sentido de se efectivar o processo de transição.
Para o denunciante, este procedimento do Gabinete de Recursos humanos, a nível da província governada por Daniel Félix Neto, constituiu-se numa clara violação do Decreto Presidencial n.º 242/20 de 29 de Setembro, relativo à extinção dos Gabinetes Provinciais de Inspecção.
"As supostas sugestão para as actualizações de alguns inspectores, não respeitaram o que vem recomendo no Decreto Presidencial. Para piorar, o próprio gabinete que tem o dever de inspeccionar é o responsável pelo alistamento do pessaol", denuncia.
Neste caso, apela-se à IGAE, a nível nacional, no sentido de impedir a efectivação da mesma lista, até que ao menos cumpra os requisitos, conforme ordena o Decreto Presidencial n.º 246/20 de que é parte integrante.
Por outro lado, alegou ainda, trata-se do facto de a mesma selecção ter privilegiado a muitos, com "padrinhos na cozinha", em relação a outros funcionários públicos, quando gozam todos dos mesmos direitos.