Entre as medidas avaliadas como destinando-se a gerar um ambiente de intimidação e/ou de crispação político-psicossocial, são ainda apontadas as seguintes:
A UNITA criou internamente uma comissão, cuja missão é a de prevenir e/ou anular acções clandestinas de infiltração organizadas por um "gabinete" que a partir da Casa de Segurança da PR coordena uma campanha de descrédito e usura contra o actual líder do partido, Adalberto Da Costa Junior (ACJ).
Nas avaliações internas do regime, a eleição de ACJ tenderia a reforçar o papel da UNITA como principal adversário do MPLA.
- Acontecimentos no Cafunfo: a exploração da ocorrência (AM 1286), incluindo a prisão do líder do chamado Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, destinou-se a amedrontar a população em geral, em particular aos tchokwe; o protesto contra o regime (apresentado como rebelião) implica riscos.
- Condenação do Rei Ekuikui V (EKV) do Bailundo, por via de um processo judicial; “mensagem de aviso” ao grupo etno-linguístico com o qual a UNITA tem afinidades especiais; EKV, antes cortejado pelo regime, recebera ACJ na sua “ombala” imediatamente antes da abertura do processo judicial em que se baseou a condenação.
- Exoneração de Marcolino Moco (MM): o seu afastamento compulsivo e sem aviso prévio do cargo de administrador não executivo da Sonangol, anunciado no seguimento imediato de tomadas de posição públicas do mesmo condenando aquilo a que chamou “campanha racista e xenófoba” contra ACJ, visou “advertir” outros quadros do MPLA. AM