João Lourenço, que discursava na abertura do VII Congresso Ordinário da Organização da Mulher Angolana (OMA), realçou que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) continuará a assegurar a participação plena e efetiva das mulheres na vida económica, social e cultural angolana, bem como a sua representação nos órgãos de decisão.
“No VI Congresso Ordinário do Partido, realizado em 2016, ficou estabelecida a participação da mulher em 30%, que evoluiu para 40%. Porém, no VIII congresso ordinário, a realizar-se em dezembro deste ano, alcançaremos a paridade do género de 50%, tanto para a participação como para a representação das mulheres na composição dos órgãos e organismos do Partido aos vários níveis”, sublinhou o também Presidente da República de Angola.
O início do VII Congresso Ordinário, que se realiza sob o lema “Mulher Angolana: Participação, Inclusão e Desenvolvimento”, foi também ocasião para saudar as “heroicas mulheres angolanas”, com destaque para Luzia Inglês Van-Dunem “Inga”, secretária-geral da OMA, a quem João Lourenço reconheceu a “dedicação e espírito de missão”.
A Joana Tomás, que “aceitou o desafio” de ser candidata ao cargo, desejou “muita coragem e determinação e que coloque todo o seu talento e saber para implementar o plano de ação da OMA”.
João Lourenço manifestou o desejo de que do Congresso saia uma “OMA mais rica e mais forte”, marcada por “uma transição geracional na sua liderança, necessária para a renovação e a vitalidade que se impõe na vida de qualquer organização, injetando sobretudo novas ideias e a energia necessária para enfrentar os desafios do presente e do futuro”.
Assinalou ainda que Angola tem registado progressos no que diz respeito à inserção e empoderamento das mulheres nas diferentes esferas, apelando a que, apesar dos condicionalismos impostos pela covid-19, as congressistas sejam criativas “na busca de soluções para aumentar a participação plena e efetiva da mulher nos órgãos de tomada de decisões na vida pública”.
“Chamo a vossa atenção para a necessidade de uma advocacia plena das causas da mulher em todos os segmentos, principalmente das mulheres mais vulneráveis e desfavorecidas, que carecem de maior atenção dos poderes públicos e da sociedade no geral”, exortou ainda João Lourenço.
O presidente do MPLA salientou que a OMA deve prestar atenção a “assuntos importantes onde a mulher deve ter uma voz”, entre os quais o desenvolvimento do poder local e as eleições autárquicas, a promoção de campanhas de alfabetização, a diversificação da economia, o empreendedorismo, a literacia financeira e digital e os programas para a retirada gradual de milhares de mulheres da economia informal.