Num apelo à participação dos empresários, o actual ministro da Defesa, qude diz ser crítico em relação à famosa ‘’gasosa’’ (corrupção), lembra que o país precisou de coragem para corrigir o que está mal.
É necessário ignorar a existência do petróleo, ainda que o barril volte a chegar a 100 dólares, um cenário afastado até mesmo nas projecções mais optimistas.
Imbuído neste espírito, João Lourenço ressalta, a título de exemplo, que muitos países vivem unicamente do turismo, mas lembra que Angola tem mais para oferecer ao Produto Interno Bruto (PIB).
“Temos de esquecer um pouco o petróleo, já que as condições, como o agro-negócio, a pesca, a indústria e o turismo permitem fazer melhor. Há países que só contam com o turismo e conseguem alimentar a sua população’’, ressalta o candidato do MPLA à Presidência angolana.
Quem observa à distância, longe das disputas políticas, considera que os investimentos não estão para enfeitar as páginas de jornais.
O economista Alves da Rocha, investigador e director do Centro de Investigação da Universidade Caólica, questiona os efeitos da publicidade que se faz.
“No caso do Angola Investe, em quatro anos, como dizem os jornais, foram 380 milhões de dólares, sendo um milhão a média de cada projecto. Mas para aonde é que vai este investimento, onde está o efeito prático?’’, questiona aquela académico.
Apesar das limitações do momento, o antigo presidente do Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Paixão Júnior, acredita numa banca à altura dos desafios lançados por João Lourenço.
“Claro que a banca tem de financiar o sector privado para o fim da dependência do petróleo”, defende Júnior.
VOA