O crescimento económico de Angola abrandou em 2025, principalmente devido à queda dos preços do petróleo, da produção e do crescimento moderado da atividade no setor não petrolífero, com as previsões de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9%, uma redução acentuada em relação aos 4,4% de 2024, nota a equipa do FMI liderada por Mika Saito.
Uma recuperação gradual a médio prazo depende dos progressos na diversificação económica, referem os técnicos, em comunicado, e o crescimento deverá permanecer modesto, de 2,0% em 2026.
"As pressões inflacionistas continuaram a aliviar", constatou a missão do Fundo, e embora a inflação continue elevada "projeta-se agora que termine 2025 em 17,2%".
Os técnicos do FMI referem que "as pressões financeiras de Angola no curto prazo mantêm-se elevadas devido ao serviço da dívida considerável".
Isto apesar de reconhecerem que "o orçamento de 2026 reflete a forte determinação das autoridades em ajustar as despesas e conter os riscos emergentes para preservar a estabilidade macroeconómica ea sustentabilidade da dívida, procurando simultaneamente proteger os mais vulneráveis e manter o ímpeto do crescimento".
O FMI emprestou a Angola um total de 4,43 mil milhões de dólares (3,85 mil milhões de euros ao cambio atual) no âmbito de um programa de apoio financeiro entre 2018 e 2020, dos quais o país ainda deve cerca de 3,59 mil milhões de dólares.
Os desembolsos do programa implicaram contrapartidas e reformas, incluindo a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis, e Angola continua sujeita às avaliações anuais no âmbito do Artigo IV, e foi nesse âmbito que decorreu esta missão de consultas do FMI, esperando que seja agora discutida no Conselho Executivo do fundo em fevereiro de 2026.





