Os nomes dos angolanos envolvidos não foram ainda revelados pelo ICIJ que disse ter tido acesso a milhões de documentos numa gigantesca fuga de informação a que deu o nome de “Pandora Papers”, mas é de prever que isso venha a acontecer em breve.
A salientar que ter contas em bancos no estrangeiro ou possuir companhias que compram propriedades não é por si só um crime, mas podem indicar uso indevido de fundos estatais, fuga aos impostos e outras ilegalidades
Entre os muitos dirigentes cujos nomes foram associados a esse tipo de actividades está o Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, cujo nome aparece ligado a 13 companhias off-shore.
A Presidência do Quénia não emitiu qualquer reacção até agora, mas um jornal do país disse “não haver provas que Kenyatta roubou bens do Estado”.
O número de documentos a que o ICIJ teve acesso é muito superior aos chamados “Panama Papers” e “Luanda Leaks”, que revelaram actividades semelhantes ou ilegais por parte de conhecidas personalidades mundiais e, no caso do “Luanda Leaks,” da família do antigo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.