A convocatória foi anunciada na quarta-feira à noite através da leitura de um comunicado transmitida na TV Raiar.
O XIII Congresso ordinário do partido realiza-se sob o lema “Unidade, Cidadania para a Alternância” no período de 02 a 04 de dezembro de 2021, em Luanda, anunciou Samakuva.
Da agenda do conclave constam os seguintes pontos: avaliar e redefinir a linha ideológica do partido, aprovar e adotar a estratégia, o programa do partido e seus objetivos, rever os estatutos e programa do partido, rever, se for caso disso, os símbolos do partido, aprovar os relatórios sobre o funcionamento do partido apresentados pelos órgãos cessantes, eleger o presidente do partido, eleger a comissão política, apreciar a atuação dos órgãos do partido e deliberar sobre qualquer questão de interesse do partido.
Esta semana, Isaias Samakuva tomou de novo posse como membro do Conselho da República, tendo recebido elogios por parte do Presidente angolano, João Lourenço, que lhe deu as boas vindas e lhe disse esperar que “tenha vindo para ficar”.
Samakuva, que já afirmou várias vezes a intenção de não se recandidatar à presidência da UNITA depois de ter conduzido os destinos do partido durante 16 anos, ascendeu de novo à liderança na sequência da decisão do Tribunal Constitucional que determinou a anulação do XIII Congresso, realizado em 2019 e no qual foi eleito Adalberto da Costa Junior, ditando assim o seu afastamento.
Na semana passada, a comissão política da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), o órgão deliberativo mais importante entre congressos, já tinha anunciado a realização do conclave até 04 de dezembro, faltando marcar os dias em concreto.
A necessidade de realização de um novo Congresso foi aprovada com 222 votos favoráveis, um voto contra e 11 abstenções.
A marcação de um novo congresso surge na sequência da anulação do XIII Congresso, em que foi eleito Adalberto da Costa Júnior, pelo Tribunal Constitucional, que deu razão a um grupo de supostos militantes do partido do “Galo Negro” que pediam a destituição do presidente devido a alegadas irregularidades registadas no congresso, designadamente o facto de ter concorrido sem renunciar à nacionalidade portuguesa.
Adalberto Costa Júnior tornou-se o terceiro presidente do partido, em 15 de novembro de 2019, conquistando mais de 50% dos votos num universo de 960 eleitores e vencendo quatro candidatos: Alcides Sakala, Raul Danda (falecido este ano), Kamalata Numa e José Pedro Catchiungo.