O TC deu razão, em outubro, a um grupo de militantes que alegaram irregularidades no congresso de novembro de 2019 que elegeu Adalberto da Costa Júnior, nomeadamente o facto de ter nacionalidade portuguesa à data da entrega da candidatura, obrigando a repetir o conclave.
O anúncio da eleição de ACJ, que concorreu sozinho neste ato eleitoral, ao contrário do que sucedeu em 2019 quando derrotou outros quatro candidatos, foi recebido no complexo do SOVSMO, quartel-general do partido do Galo Negro em Luanda, com explosões de alegria.
O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão Eleitoral, Africano Pedro Kangombe, quando eram 21:15, tendo sido contabilizados 1121 votos expressos, dos quais 1081 foram favoráveis a ACJ, ou seja mais de 96%.
No congresso votaram mais de mil delegados, estando presentes na sala incluindo históricos da UNITA como os generais Kamalata Numa e Lukamba Gato, Alcides Sakala, e o presidente cessante Isaías Samakuva, que voltou à liderança do partido na sequência da destituição de ACJ.
O ato foi acompanhado também por convidados portugueses como o socialista Joao Soares e o chefe de missão adjunto da Embaixada de Portugal em Angola, José Correia, bem como diplomatas de outros países e representantes de outros partidos angolanos, como Justino Pinto de Andrade do Bloco Democrático.
A UNITA teve também na eleição do seu presidente dez observadores convidados que constataram que o ato “decorreu em ambiente pacífico e seguro”, sublinhou o presidente da Comissão Eleitoral.
O ato eleitoral fechou o terceiro e último dia do congresso, que teve início na quinta-feira.
Seguiu-se, após o anuncio do vencedor, a tomada de posse de Adalberto da Costa Júnior, que recebeu das mãos do presidente cessante, Isaías Samakuva, vários objetos simbólicos do partido do “Galo Negro”, fundado por Jonas Savimbi, e que é a principal força da oposição angolana.