O candidato do MPLA, partido no poder, é o atual ministro da Defesa, João Lourenço.
15 de janeiro de 1975
Três movimentos de libertação de Angola e o Estado português assinam o Acordo de Alvor, que estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder.
31 de janeiro de 1975
Toma posse Governo de Transição de Angola constituído por representantes de Portugal, da FNLA, MPLA e da UNITA presidido de forma colegial por Johnny Eduardo Pinnok (FNLA), Lopo do Nascimento (MPLA) e José Ndele (UNITA).
Junho de 1975
Primeiro destacamento de 480 militares cubanos (desarmado) é enviado para Luanda, via Lisboa, chefiados pelo comandante Raul Diaz Arguelles e disfarçados de turistas. No total, participaram 35 mil soldados cubanos na guerra civil angolana.
10 de novembro de 1975
Comité Central do MPLA aprova a Lei Constitucional da República Popular de Angola.
11 de novembro de 1975
Dia da Independência. Agostinho Neto (MPLA) proclama a independência da República Popular de Angola em Luanda. Holden Roberto (FNLA) afirma a independência da República Popular e Democrática de Angola no Ambriz. Jonas Savimbi (UNITA) faz o mesmo no Huambo. O Brasil é o primeiro país a reconhecer a República Popular de Angola e o governo do MPLA.
27 de novembro de 1975
A FNLA e a UNITA anunciam no Huambo a constituição de um governo de coligação.
Dezembro de 1975
Primeiras forças sul-africanas - com o apoio de mercenários norte-americanos - são enviadas para o sul de Angola, para a defesa da Central Hídrica de Caluque, um projeto em construção e que envolvia capitais de Pretória.
23 de fevereiro de 1976
Portugal é o 82.º país a reconhecer a República Popular de Angola e o governo do MPLA.
Janeiro de 1977
O MPLA, apoiado pelos cubanos, usa lança-chamas e bombas de napalm na zona de fronteira com a Namíbia contra posições da UNITA. Dez mil pessoas procuram refúgio na Namíbia e 16 mil refugiados angolanos chegam à Zâmbia.
27 de maio de 1977
Um grupo do MPLA encabeçado por Nito Alves desencadeia um alegado golpe de Estado. A linha afeta a Agostinho Neto mantém o poder, com o apoio dos cubanos. Na sequência do alegado golpe, são feitas várias purgas e perseguições a opositores internos e o MPLA, no seu primeiro congresso, assume-se como partido marxista-leninista, adotando o nome MPLA-PT (Partido do Trabalho).
10 de setembro de 1979
Presidente Agostinho Neto morre em Moscovo.
20 de setembro de 1979
O ministro da Planificação, José Eduardo dos Santos, toma posse como Presidente da República.
11 de agosto de 1980
Aprovadas alterações na Lei Constitucional da República Popular de Angola, que consagra o marxismo-leninismo.
16 de fevereiro de 1984
Acordo entre Luanda e Pretória define a retirada das forças sul-africanas, que só fica concluída em 1989.
Agosto de 1986
Ataques da UNITA no Cuanza Norte e no Uíge. Administração norte-americana anuncia o envio de mísseis terra-ar Stinger como parte dos 25 milhões de dólares de ajuda ao movimento de Jonas Savimbi.
Junho de 1987
MPLA e os Estados Unidos iniciam negociações, com a discordância de Havana, para a saída das forças estrangeiras do país.
14 de fevereiro de 1988
A UNITA e as forças da África do Sul atacam as bases do MPLA no Cuito Cuanavale, província de Cuando Cubango, dando origem à segunda maior batalha da História do continente africano, depois da Batalha de El Alamein, no Egito, durante a II Guerra Mundial, e a maior da África subsaariana.
08 de agosto de 1988
África do Sul, Cuba e Angola aceitam o cessar-fogo depois de negociações em Genebra e Nova Iorque.
22 de dezembro de 1988
Na sequência das negociações, é assinada a independência da Namíbia e o fim definitivo do envolvimento de forças estrangeiras no conflito angolano.
Janeiro de 1989
Chegam a Angola os primeiros efetivos das forças de manutenção de paz da ONU.
10 de janeiro de 1989
O primeiro contingente militar cubano, de 3.000 efetivos, deixa Angola.
22 de junho de 1989
Novo acordo de cessar-fogo, subscrito por todas as partes. Um mês depois, José Eduardo dos Santos queixa-se da continuação do apoio sul-africano à UNITA e o MPLA toma posições no sul do país, contra Mavinga, sob controlo da UNITA.
23 de janeiro de 1990
Líder da UNITA, Jonas Savimbi, inicia visita oficial a Portugal. Segue depois para Washington, onde é recebido pelo Presidente George Bush.
26 de março de 1991
Governo de Luanda aprova a instauração do multipartidarismo.
31 de maio de 1991
Assinatura do Acordo de Bicesse pelo governo e pela UNITA, que previa o cessar-fogo, constituição do exército único e realização de eleições gerais, sob a supervisão das Nações Unidas.
07 de junho de 1991
A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) apela a negociações com o governo angolano para a realização de um referendo sobre a autonomia de Cabinda.
03 de outubro de 1991
Jonas Savimbi chega a Luanda, sendo recebido pelo Presidente Eduardo dos Santos.
Maio de 1992
MPLA altera estatutos no seu 3.º Congresso Extraordinário, transformando-se num movimento democrático, de sufrágio direto.
16 de setembro de 1992
Aprovada uma nova Constituição, que seria atualizada após as eleições gerais.
29 de setembro de 1992
Eleições presidenciais e legislativas. MPLA ganha com maioria absoluta, com a UNITA em segundo lugar. José Eduardo dos Santos foi o mais votado na primeira volta das presidenciais.
02 de outubro de 1992
Savimbi declara as eleições fraudulentas e ameaça regressar à guerra.
19 de outubro de 1992
ONU valida eleições, considerando-as "genericamente livres e justas".
31 de outubro de 1992
Começam confrontos violentos em Luanda, que duram três dias. Vários altos dirigentes da UNITA são mortos, entre os quais o vice-presidente, Jeremias Chitunda, e o chefe da representação do movimento do "Galo Negro" na Comissão Conjunta Político-Militar e sobrinho de Savimbi, Elias Salupeto Pena. A escalada de guerra torna-se incontrolável, refugiando-se a UNITA no Huambo, onde tinha concentrado o quartel-general.
19 de maio de 1993
EUA reconhecem a República de Angola e o governo do MPLA.
20 de novembro de 1994
Assinatura do protocolo de Lusaca para a desmobilização das tropas do MPLA e da UNITA, formação de um governo de unidade e de reconciliação nacional.
11 de abril de 1997
Empossado Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, dirigido por Fernando França Van-Dúnem e incluindo 28 ministros, 58 vice-ministros e um secretário de Estado. O executivo abrange todas as formações políticas nacionais com assento no parlamento, incluindo quatro ministros e sete vice-ministros da UNITA.
Novembro de 1998
Exército governamental lança ofensiva de grande escala contra a UNITA no Cuito, Huambo e Malange e operações no Cuanza Sul e Norte, Uíje, Lunda Norte e Cuando-Cubango.
26 de outubro de 1998
Nações Unidas acionam um conjunto de sanções internacionais contra a UNITA, como forma de pressionar Savimbi a aceitar o Protocolo de Lusaca.
24 de junho de 1999
ONU decide pôr fim à missão no país devido ao recomeço da guerra.
26 de abril de 1999
Autoridades angolanas emitem um mandado de captura para Savimbi.
14 de setembro de 1999
Início de uma importante ofensiva do exército, na qual recupera localidades como o Andulo, Bailundo, Mungo e Nharea e, posteriormente, o ex-quartel general da UNITA na Jamba, na província do Cuando-Cubango.
16 de outubro de 1999
O jornalista Rafael Marques é preso pelas autoridades, na sequência de um artigo que escreveu para o jornal Agora, no qual chama ditador a José Eduardo dos Santos e o responsabiliza pelo aumento da corrupção.
30 de novembro de 2000
O Parlamento angolano aprova uma lei de amnistia aplicável aos elementos da UNITA e ao líder. O movimento do "Galo Negro" rejeita a lei e mantém a exigência de negociações diretas.
18 de fevereiro de 2002
O exército angolano anuncia a tomada de bases da UNITA na província do Moxico, onde Savimbi se encontra.
22 de fevereiro de 2002
Morte de Jonas Savimbi. O governo anuncia que as forças governamentais abateram Savimbi na província do Moxico.
15 de março de 2002
Data do início oficial das negociações sobre as chefias militares das duas partes. Em Luena, o general Geraldo Nunda (MPLA), e o general Abreu Muengo ""Kamorteiro"" (UNITA) acordam um cessar-fogo.
02 de julho de 2002
Manifestação junta duas centenas de pessoas numa "Campanha por uma Angola Democrática". Desde então, são regulares ações de protesto contra o regime.
14 de janeiro de 2004
A organização não governamental Human Rights Watch revela, num relatório, que mais de quatro milhões de dólares de receitas do petróleo de Angola desapareceram entre 1997 e 2002. O governo angolano desmente as informações.
01 de janeiro de 2007
Entrada de Angola na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
02 de agosto de 2007
Morre Holden Roberto, líder histórico da FNLA, aos 84 anos.
01 de agosto de 2008
O Governo angolano e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) assinam em Namibe, sul de Angola, o Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação em Cabinda, após mais de 30 anos de conflito armado. O líder histórico da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), N'Zita Tiago, rejeita o acordo.
05 de agosto de 2008
Eleições legislativas em Angola, naquela que é a primeira consulta popular após o fim da guerra civil. José Eduardo dos Santos é indicado para Presidente pelo MPLA, que obteve 82% dos votos. A UNITA obtém 10% e o Partido de Renovação Social consegue 3,14%.
05 de março de 2009
Presidente José Eduardo dos Santos faz a primeira visita de Estado a Portugal.
07 de agosto de 2009
A petrolífera norte-americana Chevron anuncia uma "importante descoberta" de reservas de petróleo e gás natural em Angola.
29 de setembro de 2009
Fundo Monetário Internacional e Angola assinam um acordo de financiamento para ajudar o país a cumprir a sua balança de pagamentos. O crédito permite acesso a uma verba de 1,3 mil milhões de dólares.
Janeiro de 2010
Angola acolhe a fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN) em futebol.
27 de janeiro de 2010
Adoção de nova Constituição, que consagra o regime presidencialista. O Presidente passa a ser o cabeça-de-lista do partido mais votado no circulo nacional, em eleições gerais.
07 de março de 2011
Cerca de 20 pessoas, incluindo jornalistas do Novo Jornal, são detidas pela polícia em Luanda quando se concentravam na praça 1.º de Maio para uma manifestação antigovernamental. No dia 02 de abril, os jovens voltam a juntar-se, com nova perseguição das autoridades policiais. Ao longo do ano, repetem-se manifestações, com várias denúncias de violações dos direitos humanos.
27 de maio de 2012
Os ex-militares e ativistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule são raptados e executados por desconhecidos, quando preparavam uma manifestação. A ação motiva a ira dos manifestantes anti-regime. No ano que se seguiu, muitos jovens organizaram manifestações antigovernamentais, duramente reprimidas pelas autoridades.
31 de agosto de 2012
O MPLA, liderado por José Eduardo dos Santos, vence as eleições gerais com 72% dos votos. A UNITA, liderada por Isaías Samakuva, consegue 18%, e a Convergência Ampla de Salvação de Angola -- Coligação Eleitoral -- (CASA-CE), de Abel Chivukuvuku, atinge os 6%.
Outubro de 2012
Luanda cria o Fundo Soberano Angolano, de 5 mil milhões de dólares, para canalizar as receitas do petróleo para projetos de investimento. Dirigido desde o início pelo filho mais velho do Presidente José Eduardo do Santos, José Filomeno dos Santos.
13 de março de 2013
Detidos elementos da Polícia Nacional e do Serviço de Informações e de Segurança do Estado (SINSE) de Angola, por envolvimento no desaparecimento e morte dos ex-militares e ativistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
03 de maio de 2013
FLEC abandona luta armada em Cabinda.
Maio de 2014
Primeiro censo nacional desde 1970. Os números oficiais apontam para uma população de 24,3 milhões de pessoas.
15 de outubro de 2014
O Presidente angolano anuncia o fim da intenção de formalizar uma parceria estratégica com Portugal durante o discurso sobre o Estado da Nação. Este anúncio culmina uma série de momentos de tensão entre os dois países, particularmente relacionados com investigações judiciais em Portugal a dirigentes angolanos.
16 de outubro de 2014
Angola é eleita para o Conselho de Segurança da ONU.
Novembro de 2014
A Amnistia Internacional acusa as forças de segurança angolanas de uso excessivo da força e mortes extrajudiciais de elementos opositores do governo.
14 de março de 2015
As autoridades angolanas detêm o ativista de direitos humanos José Marcos Mavungo, coordenador de uma manifestação em Cabinda.
06 de junho de 2016
Isabel dos Santos, filha do Presidente, assume a presidência do Conselho de Administração da petrolífera estatal angolana, a Sonangol.
Dezembro de 2016
A Rádio Nacional de Angola noticia que o Presidente José Eduardo dos Santos não se vai recandidatar nas eleições de agosto de 2017. O ministro da Defesa, João Lourenço, acabaria por ser nomeado como candidato do MPLA.