"Há provas legais suficientes de que o Governo de Angola está envolvido, há décadas, num abuso de poder e que o sistema legal visa opositores críticos e pacíficos para impedir a participação política e a dissidência [do regime], criando um clima de medo em Angola", dizem os ativistas.
Lembrando as prisões de várias figuras como José Mateus Zecamutchima (líder do Movimento Protetorado Lunda Tchokwe), José Julino Kalupeteka (fundador da seita adventista cristã intitulada “Igreja do Sétimo Dia a Luz do Mundo”) ou os ativistas Gilson da Silva Moreira “Tanaice Neutro” e Luther Campos, a organização pede a ajuda dos EUA para pressionar as autoridades angolanas.
Todos estes detidos estão presos "injustamente e sem mandado por exercerem básicos direitos humanos", refere o Friends of Angola.
Na missiva assinada pelo diretor executivo do grupo, Florindo Chivucute, e enviada ao Presidente dos Estados Unidos, com conhecimento ao secretário de Estado (equivalente ao ministro dos Negócios Estrangeiros nos governos europeus) e a vários senadores no que dia em que os EUA assinalam o Dia Martin Luther King, a organização relembra as palavras do célebre ativista para defender que "uma injustiça num sítio qualquer é uma ameaça à justiça em qualquer sítio".
Os “angolanos merecem o direito de exercer os seus direitos básicos humanos e constitucionais sem medo de serem detidos ilegalmente ou de as suas vidas serem ameaçadas pelo seu governo", afirmam.