Instantes depois de ter votado na assembleia de voto n.º 1039, Abel Chivukuvuku pediu às instituições que tutelam o ato eleitoral para que "cumpram com o seu papel" de modo a que seja possível "festejar um momento que pode ser um novo começo" para Angola.
"Os angolanos querem mudança e vão decidir. E é responsabilidade da CNE [Comissão Nacional Eleitoral] corresponder a essa vontade dos angolanos que este seja um momento de paz, serenidade, alegria e de festa para todos", afirmou o candidato da terceira força mais votada nas últimas eleições.
"Felicito todos os angolanos que participaram neste processo" e agora "espero que as instituições encarregues cumpram com o seu papel e que possamos todos festejar um momento que pode ser um novo começo para o nosso país", afirmou Abel Chivukuvuku.
O "mais importante", acrescentou, "é que os angolanos decidam e decidam bem para um novo rumo para Angola, para que deixe de ser um país potencialmente rico habitado por uma maioria de pobres".
A votação para as eleições gerais em Angola iniciou-se à 07:00 de hoje (mesma hora em Lisboa).
Mais de 9,3 milhões de angolanos estão inscritos para escolherem hoje, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integra qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18:00.
Esta votação envolve a eleição direta do parlamento (220 deputados) e indireta do Presidente da República, que será o cabeça de lista do partido mais votado.
Angola realiza hoje as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), CASA-CE, Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).