O antigo vigário da diocese de Cabinda, que hoje lançou o seu livro “Identidade Histórica e Cultural dos Cabindas”, disse à Lusa que, “como ativista de Cabinda”, tem estado “muitas vezes” a falar sobre o assunto.
“Não há outra solução que não seja o diálogo. Aliás, os portugueses, quando se fez o golpe do 25 de Abril perceberam que a guerra do ultramar só seria resolvida por via política e não militar e pararam com tudo, pararam com a guerra”, disse Raul Tati, à margem do ato de lançamento do seu quarto livro, hoje, em Luanda.
Para o ex-deputado à Assembleia Nacional, “este é o caminho que Angola tem que seguir”.
Desde a independência de Angola, em 1975, que a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) reclama autonomia para aquele território situado no norte de Angola, de onde provém grande parte do petróleo do país.
Sobre a situação em Cabinda, o Governo angolano nega qualquer instabilidade na província, sem nenhum posicionamento quanto aos comunicados que a FLEC tem emitido sobre as suas ações em Cabinda.
Nas últimas semanas, a FLEC tem emitido vários comunicados com o anúncio de investidas militares contra as Forças Armadas Angolanas, que têm alegadamente resultado em mortos e feridos, prometendo intensificar os ataques.