Após uma reunião com o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, João Ernesto dos Santos referiu que Angola está interessada em fomentar políticas de defesa e segurança africanas para alcançar paz, estabilidade, coesão e aprofundamento dos projetos africanos.
“Por isso, Angola está focada em promover uma agenda de prevenção e resolução de conflitos por meios pacíficos e diálogo interestatal”, disse o governante angolano, citado num comunicado divulgado hoje.
A aquisição de um sistema de construção de máquinas de última geração, aquisição de veículos de transporte e logística, de um sistema de pontes, de uma frota de veículos táticos leves e a aquisição de aeronaves constam igualmente das pretensões do Governo de Angola.
O Presidente angolano, João Lourenço, manifestou anteriormente pretensão de reforçar o setor da defesa do país com equipamentos norte-americanos.
Lloyd Austin, que visitou Angola em setembro de 2023, referiu, no encontro com o homólogo angolano, que Angola é um “parceiro estratégico” e um líder regional e que os Estados Unidos “valorizam profundamente” os laços “cada vez mais estreitos” com os países africanos.
Citando as declarações de Joe Biden na Cimeira de Líderes EUA-África, em 2022, o chefe do Pentágono referiu que o sucesso da África é o sucesso do mundo.
“Desde essa cimeira, os Estados Unidos e Angola continuaram a manter diálogos de alto nível e a avançar os objetivos discutidos pelos nossos líderes”, frisou Austin.
Para o secretário da Defesa dos EUA, as relações entre Luanda e Washington têm um grande potencial de crescimento, incluindo áreas como cibersegurança, bem como a potencial participação de Angola no Programa de Parceria Estatal dos EUA.
“E continuamos gratos pela disposição de Angola em considerar compras de defesa dos EUA”, apontou.
Lloyd Austin destacou igualmente a “oportunidade histórica” de trabalhar com Angola para promover a paz, a segurança e a governança responsável baseada em regras”, salientando que o departamento que dirige “aguarda com expetativa a cooperação contínua”, enquanto o país lusófono reestrutura e moderniza as suas forças armadas.