Segundo informação do porta-voz do comando provincial de Cabinda da Polícia Nacional, superintendente-chefe Feliciano da Mónica, a operação denominada "Tempo" foi realizada entre 24 e 26 deste mês, sendo o grupo detido integrado por 46 crianças.
Feliciano da Mónica referiu que os cidadãos congoleses foram encontrados na aldeia e mata de Lolo, regedoria do Subatando, município de Cabinda, durante uma campanha de enfrentamento dos órgãos operativos do Ministério do Interior.
O responsável, citado pela agência noticiosa angolana Angop, referiu ainda que a operação em curso visa a recolha de imigrantes ilegais, que se dedicam à lavagem de viaturas na via pública, venda ambulante e atividades em salões de beleza.
O porta-voz da polícia de Cabinda, província fronteiriça com a RDCongo, frisou que devido à operação muitos imigrantes ilegais estão a fugir para as matas com as respetivas famílias, para se dedicar agora ao fabrico de carvão vegetal, derrubando anarquicamente as árvores.
Segundo Feliciano da Mónica, muitos dos ilegais são contratos por cidadãos nacionais para trabalharem na agricultura, na cidade de Cabinda e arredores.
A referida operação deverá ser também realizada em zonas já identificadas por autoridades tradicionais, coordenadores e chefes de zonas do enclave de Cabinda.
Recentemente, o ministro da Defesa de Angola, Salviano Sequeira, considerou que Cabinda merece o "máximo de atenção" pela sua especificidade, salientando que apesar das "ótimas relações" com a RDCongo e a República do Congo, países vizinhos de Angola, a imigração ilegal é um problema.
"Cabinda é uma província que do ponto de vista estratégico temos que tomar o máximo de atenção. Não temos problemas de fronteira com a Namíbia, Zâmbia, com o Congo, mas com a RDCongo temos problemas de fronteira", disse Salviano Sequeira.