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Gestor angolano quer elevar taxa de conectividade à internet para níveis europeus

Post by: 04 Julho, 2019

A ideia, segundo Paulo Araújo, é levar Angola para os mesmos patamares da Europa, onde a taxa de conectividade ronda os 80% do uso, contra a de 27% em Angola.

Angola pode aumentar em breve a taxa de conectividade gratuita à internet através do projeto da Wiconnect, empresa criada por um engenheiro angolano, elevando-a para os níveis existentes na Europa, disse esta quinta-feira um gestor angolano.

Citado esta quinta-feira pelo Jornal de Angola, o gestor da Wiconnet, Paulo Araújo, lembrou que os estudos feitos pela McKinsey & Company concluíram que a Internet contribui, fora de África, em cerca de 20% para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), o que contrasta com o 1% no continente africano.

A ideia, segundo Paulo Araújo, é levar Angola para os mesmos patamares da Europa, onde a taxa de conectividade ronda os 80% do uso, contra a de 27% em Angola.

Paulo Araújo explicou que as soluções da Wiconnect permitem aos bancos, seguradoras e empresas de retalho obterem, em tempo real, o nível de satisfação dos clientes.

O gestor admitiu que a plataforma também transmite, ao mesmo tempo, informação de extrema importância, “a julgar pela competitividade do mercado angolano e das exigências dos clientes”.

O projeto de expansão da Wiconnect, disse, permite a montagem de infraestruturas com menos equipamentos e com montagem rápida, em que os custos dos serviços são suportados através de publicidade de empresas interessadas, em cada ponto, disponibilizando o acesso rápido à informação e reações céleres no desenvolvimento de soluções inovadoras.

“Atualmente, o uso das redes de internet não constitui um luxo, mas sim uma forma de atingir o crescimento económico e a diversificação da economia. O acesso à Internet em Angola, tal como em outros países de África, é muito baixo e ronda em apenas 27% da população”, precisou.

O responsável disse que, embora existam no país várias operadoras de telecomunicações que fornecem serviços de Internet, o estudo feito recentemente indica que o custo médio de um gigabyte está avaliado em 7,95 dólares (7,04 euros).

O gestor da Wiconnet considera um valor “alto” e realçou que, por exemplo, no Ruanda, um país de referência no desenvolvimento em África, o custo ronda 0,56 dólares (0,49 euros) por gigabyte.

Em função disso, sublinhou que algumas empresas optam por investir em pontos de Internet com acesso livre por todo o país, por ser mais valioso.

Por isso, acredita que, de forma massificada, os pontos de acesso à internet gratuita, através do Wi-Fi, podem acelerar a economia angolana e aumentar a contribuição do PIB digital.

Paulo Araújo é especialista em Matemática e Gestão e foi um dos vencedores do concurso para escolas internacionais, realizado na República da Namíbia.

A Wiconnet foi fundada em 2015 e é vencedora do prémio Seedstars 2016. No mesmo ano, a empresa montou pontos de acesso para internet grátis nas faculdades Óscar Ribas, Metropolitana, de Engenharia, da Universidade Agostinho Neto, Cidade Universitária, INSUTEC e Gregório Semedo, todas em Luanda. Observador

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Last modified on Quinta, 04 Julho 2019 12:18
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