Num comunicado de imprensa, o Ministério da Saúde esclarece que, até à presente data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não orientou os países sobre os procedimentos a seguir para o registo internacional da vacinação contra a covid-19.
“Tão logo surjam as orientações neste sentido, daremos os passos necessários para o efeito e na devida oportunidade comunicaremos a todos os utentes”, refere-se no comunicado, no qual o ministério informa que “o que garante a certificação da vacina é o registo do lote e do fabricante no cartão que foi emitido pelo Minsa e entregue ao cidadão no ato da vacinação”.
Aquele órgão governamental apela à população a "manter-se vigilante e a não valorizar as informações que circulam nas redes sociais tendentes a confundir e descredibilizar o processo de vacinação”.
Num outro comunicado, o Gabinete Provincial da Saúde de Luanda reforça a medida, depois de verificar um ato administrativo, sem prévia autorização superior, dos funcionários do Programa Alargado de Vacinação daquele organismo, “que averbavam as vacinas da covid-19 nos cartões de vacina internacional.
O Gabinete Provincial da Saúde em Luanda determina que “fica estritamente proibido o referido ato, sob pena de incorrer a uma infração e ser punido com base no Decreto 33/91, de 26 de junho, que visa disciplinar os funcionários públicos e agentes administrativos”.
“É responsabilidade dos utentes conservarem os seus cartões de vacina e não se dirigirem ao Gabinete Provincial de Saúde para o averbamento”, sublinha-se na nota.
Angola tem em curso o seu programa de vacinação contra a covid-19, iniciado no dia 02 de março deste ano, tendo até terça-feira sido vacinadas 1.145.108 pessoas.
A Organização Mundial da Saúde refere que um total de 2.172.000 de doses da vacina contra a covid-19 foram alocadas a Angola até ao presente mês, como parte das doses doadas a mais de 92 países de baixo rendimento, pelos parceiros da iniciativa Covax.
Atualmente, são administradas diariamente à população angolana cerca de 30 mil doses de vacinas, na expetativa de alcançar a meta de pelo menos 20% da sua população até ao final do ano.
O país lusófono registou até à data presente um total de 36.325 infeções, dos quais 815 óbitos, e 29.960 pessoas recuperaram, estando ativos 5.394 casos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.764.250 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-COV-2 detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.