Depois de partir de Angola, o homem fez escala no Dubai e dirigia-se para o Laos quando foi detido na terça-feira na capital tailandesa, em mais uma escala, segundo a mesma fonte.
O chifre que transportava tinha sido cortado em pedaços, mas foi detetado por uma máquina de raios-X do posto de controlo de vida selvagem do aeroporto de Suvarnabhumi.
O cidadão vietnamita foi acusado de violar a lei da preservação e proteção da vida selvagem, a lei alfandegária e a lei das epidemias animais.
Os ativistas pela preservação animal dizem que os rinocerontes estão a ser caçados diariamente em África para fazer face à procura, sobretudo da China e do Vietname.
O Vietname tem leis severas que proíbem a compra e venda de chifre de rinoceronte, mas estas não têm sido suficientemente eficazes para proteger o animal gravemente ameaçado, cujos chifres são considerados um símbolo de estatuto e são usados para decoração e na medicina.
O país desenvolveu um interesse pelo chifre de rinoceronte há cerca de uma década, devido à crença de que curava o cancro, um mito que indignou os grupos defensores da preservação da espécie.
No Vietname, o último rinoceronte Javan, uma espécie rara do Sudeste Asiático, foi encontrado morto em 2010 com o chifre grosseiramente cortado.
Apoiadas pelo Governo, as campanhas de sensibilização pública têm ajudado a desencorajar o comércio, e os preços caíram em relação ao pico atingido há alguns anos, de 70.000 dólares (cerca de 59.000 euros) por quilo.