A situação foi relatada pelo secretário provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Juliano Capita, referindo tratar-se do lago de Massabi, que compreende as aldeias de Sango e Chicaca, comuna de Massabi, município de Cacongo.
Em declarações à Lusa, o responsável deu conta de uma substância bastante densa e viscosa de cor verde que cobre a margem e grande parte da superfície do lago, tornando parte da água verde, e as comunidades foram exortadas a não aceder à água.
O governo local entrou em ação, "primeiro para acautelar a segurança das comunidades e, em seguida, fazer a recolha de amostras para a análise laboratorial no interesse de apurar o tipo de substância e também o grau de perigosidade para as comunidades”, disse.
Segundo Juliano Capita, o lago do Massabi é um dos maiores da circunscrição. A pesca e as atividades recreativas foram suspensas, enquanto se aguardam pelos resultados laboratoriais.
“Mas, também, não há indicadores de coisas mais graves, como peixes mortos. Os pequenos animais circulam normalmente e estão inclusive a transitar bem pela pasta criada por este produto”, salientou, garantindo também que os resultados das análises “estão para breve”.
“Foi nos últimos dias que a situação começou a ganhar maior evidência, mas caso persista há aldeias vizinhas com furos de água onde a população poderá se deslocar e já prevemos também abastecer as comunidades com cisternas de águas”, concluiu.
Cacongo é um dos quatro municípios da província de Cabinda, enclave do norte de Angola.