De acordo com uma nota da LAR, um consórcio que gere a linha ferroviária entre o Porto do Lobito e o Luau, com ligação até à vizinha República Democrática do Congo, os vagões foram adquiridos na África do Sul e têm capacidade para transportar contentores de 40 pés ou dois contentores de 20 pés cada.
Estes vagões, acrescenta, vão permitir o reforço da capacidade operacional, em termos de volume e capacidade da ferrovia, para o transporte das cargas comerciais nos próximos anos.
Esta é a primeira de uma série de entregas previstas até 2026, investimento que “evidencia a aposta da Lobito Atlantic Railway em equipamentos modernos e seguros, alinhados com o seu plano de crescimento e com a necessidade de responder à procura do mercado”, de acordo com o comunicado de imprensa.
Ao consórcio LAR, que integra a Trafigura, líder de mercado na indústria global de commodities, a portuguesa Mota-Engil, empresa de construção e gestão de infraestruturas, e Vecturis SA, operador ferroviário independente, foi atribuída uma concessão de 30 anos para operação, gestão e manutenção da linha ferroviária do Caminho-de-Ferro de Benguela.
A LAR explora também o Terminal Mineraleiro do Porto do Lobito, que faz a ligação à linha férrea, proporcionando um serviço mais rápido e eficiente num dos portos mais descongestionados da costa atlântica.
O documento destaca que esta ferrovia possibilitou a existência e o funcionamento de uma rota ocidental mais rápida para o transporte de minerais e metais produzidos no Cinturão de Cobre Congolês, estando em curso um estudo de pré-viabilidade separado, apoiado pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia, para a extensão da linha férrea do Lobito até ao norte da vizinha República da Zâmbia.