O regime angolano é um exemplo de "resiliência do regime autoritário", que utiliza o processo eleitoral para legitimar a permanência no poder do partido MPLA, aponta o Relatório da Democracia 2025, realizado pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.
O Relatório da Democracia 2025, da responsabilidade do ISCTE, alerta para retrocessos na qualidade das democracias em alguns países lusófonos, distinguindo cinco Estados com regimes democráticos estáveis de três, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, marcados por fragilidades institucionais.
Investigadores, citados no Relatório da Democracia 2025, criticam a ineficácia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente para aplicar sanções, e questionam a transparência na seleção dos projectos apoiados pela União Europeia (UE) em África.
O jurista Rui Verde disse hoje que o processo de transição em Angola "não é meramente formal", com a vitória eleitoral de um outro partido político, defendendo um consenso alargado com todas as forças da sociedade.
O Governo dos EUA manifestou hoje, em Luanda, empenho em construir “valores democráticos consistentes” em países africanos, incluindo Angola, com o lançamento de um programa regional de apoio aos partidos políticos, orçado em 9,3 milhões de euros.
O Governo dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou hoje que vai lançar um programa regional, que inclui Angola, de cerca de 10 milhões de dólares (9,3 milhões de euros), para promover sistemas pluripartidários representativos.
O Presidente angolano expressou hoje preocupação com a situação de instabilidade em países da África Austral, como a Republica Democrática do Congo e Moçambique, e defendeu eleições “livres e transparentes” como a única via para o poder.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa defendeu hoje que Angola e Moçambique só reforçarão a democracia com alternância do poder, apontando como desafios o reforço da qualidade da oposição moçambicana e a realização de autárquicas no seu país.
Angola é um dos 16 países da África subsaariana que piorou a sua pontuação no Índice de Democracia, produzido pelo The Economist Intelligence Unit (EIU), que revelou uma deterioração global da democracia em 2021.
A UNITA, maior partido da oposição angolana, considerou hoje, em Luanda, que a situação política do país é hoje marcada pelo “recrudescimento dos atentados à paz e ao Estado de direito e democrático”.