Numa declaração política, lida pelo porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Marcial Dachala, numa conferência de imprensa em Luanda, o partido defendeu que a situação que marca atualmente a vida política do país “constitui um assinalável recuo na construção de uma pátria unida e para todos”.
“Hoje, trinta anos depois dos Acordos de Bicesse, os angolanos constatam que o partido-Estado continua a manifestar a mesma natureza divisionista, antipatriótica, corporativa, corrupta e corruptora”, foi referido.
Segundo a UNITA, “a prática de monopolizar e utilizar os espaços e bens públicos para benefício do partido-Estado e seus agentes corruptos, bem como para diabolizar e inviabilizar a ação dos seus principais adversários políticos continua na ordem do dia, subvertendo a ordem jurídico-constitucional instituída”, sublinha-se no documento.
“Assim, em pleno ano pré-eleitoral, os órgãos de comunicação social do Estado, pagos com dinheiros de todos nós, foram instruídos e elegeram o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, como alvo a abater”, salientou o partido.
De acordo com a UNITA, “felizmente”, os angolanos começam a perceber que “o regime oligárquico que capturou o Estado para roubar Angola e empobrecer os angolanos, após sinais de regeneração em 2017, está hoje em decadência, desorientado e com medo da alternância”.
“Os angolanos estão convictos que o regime atual chegou ao seu fim e já não tem soluções para os graves problemas do país, nem já para a recolha de lixo em Luanda tem solução”, realçou, no documento.
Para a segunda força política angolana, promover a difamação e o assassínio de caráter dos promotores da mudança são atos de claro desespero, que não dignificam a democracia, e que “não vão impedir a alternância democrática em 2022”.