Os médicos angolanos suspenderam, por um mês, a greve que durava desde 21 de março, devido à elevada mortalidade registada nos hospitais e acusam o Governo de ter iniciado “uma caça às bruxas”.
O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) apresentou uma queixa-crime contra cinco altos dirigentes do setor da saúde, incluindo o secretário de Estado da Saúde Pública e Hospitalar e diretores de hospitais por porem em causa o direito à greve.
Funcionários judiciais do Tribunal Supremo angolano lamentam que uma semana após a retoma dos trabalhos, depois de 15 dias de paralisação, não tenham qualquer resposta da entidade patronal às suas reivindicações, disse hoje à Lusa de fonte sindical.
O Ministério do Ensino Superior angolano anunciou que os estudantes perderam 14 semanas letivas, em consequência da greve dos professores, suspensa após três meses de paralisação, e espera que as divergências com os docentes possam ser dirimidas.
O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) angolano anunciou hoje que suspendeu por trinta dias a greve, que dura há três meses, admitindo retomar a paralisação caso as autoridades não aceitem a nova proposta salarial.
Os médicos angolanos em greve há duas semanas denunciaram hoje que estão a ser impedidos de entrar nos respetivos hospitais, onde garantem os serviços mínimos, supostamente por orientação das autoridades sanitárias, lamentando a violação da lei da greve.
O Sindicato Nacional dos Médicos (Sinmea) angolano reiterou a manutenção da greve, que decorre desde 21 de março passado, e várias manifestações para os próximos tempos, a primeira programada para sábado.
O Governo angolano anunciou hoje que vai suspender os salários dos médicos grevistas, porque “cumpriu com os pontos do caderno reivindicativo” e não vai cruzar os braços porque “meia dúzia de médicos” entendeu paralisar há quase duas semanas.
Os professores universitários angolanos anunciaram hoje que rejeitaram o aumento salarial "ínfimo" de 6%, proposto do Presidente da República, João Lourenço, visando travar a greve, que dura há três meses, por "não dignificar" a classe.
O engenheiro Fernando Pacheco, membro do Conselho da República de Angola, considerou hoje que as greves que se registam no país resultam "de deficientes políticas de governação” e da “decadência do diálogo” entre governantes e a população.