O secretário para a Informação do MPLA, partido no poder em Angola, disse hoje que a política não se faz com litigância de má-fé, mas com ideias contrárias, com debate claro e transparente e "sobretudo com sentido de Estado".
O Grupo Parlamentar do MPLA reafirmou, esta segunda-feira, o seu compromisso com a estabilidade, o desenvolvimento, o bem-estar dos angolanos, com a paz, reconciliação, perdão, tolerância e respeito pela diferença.
O grupo parlamentar do MPLA, partido no poder, reafirmou hoje “o seu incondicional apoio” ao seu líder, garantindo “alto e em bom som” que não haverá destituição do Presidente da República, João Lourenço.
A UNITA, oposição angolana, afirmou hoje ter sido apanhada de surpresa pela operação de busca de ossadas na Jamba lançada pelo Governo, que descreve como “propaganda política” e contrária ao “apaziguamento dos espíritos”.
Quase um ano depois das eleições gerais em Angola, que voltaram a dar a vitória ao MPLA, o partido do poder e o seu principal adversário, UNITA, mobilizam-se em marchas e comícios para mostrar a sua popularidade e apoio às lideranças.
A UNITA questionou hoje os receios em torno da sua iniciativa de destituir o Presidente angolano, negando quaisquer objetivos de golpe de Estado e sublinhando que esta é uma escolha do povo e não uma questão partidária.
O MPLA disse hoje que a pretensão da UNITA (oposição) de destituir o Presidente angolano “não tem pernas para andar”, do ponto de vista político e jurídico, por falta de ações ou omissões de João Lourenço que justifiquem tal iniciativa.
A UNITA (oposição) disse hoje que o pedido de destituição do Presidente angolano “é uma sanção” sobre a sua gestão política, económica, financeira e patrimonial e convidou todos os deputados a afastarem João Lourenço, no parlamento, “para o bem do povo”.
O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco considerou hoje “muito interessante e de grande alcance” a iniciativa de destituição do Presidente angolano, sobretudo em termos políticos, considerando que o pedido indica “aspetos muito graves” que se passam em Angola.
O Presidente João Lourenço vai ser o primeiro Presidente da República na história recente e política de Angola a enfrentar um processo de impeachment, isto é, de destituição do cargo que ocupa desde Setembro de 2017. A agravar tal facto está ainda o imperativo constitucional e legal de que a votação para o efeito deve ser feita de forma secreta e não por aclamação (mão no ar).