Os valores publicados, com base em dados de fontes secundárias, registam um aumento da produção, depois de uma quebra de 38 mil barris por dia em fevereiro, face ao mês anterior.
Em janeiro, a contagem da OPEP assinalou 1,161 milhões de barris diários, sendo que esta produção viria a baixar no mês seguinte, para 1,123 milhões de barris por dia.
Angola é agora o terceiro maior produtor africano de crude na OPEP, atrás da Nigéria e da Líbia, que viu um aumento na sua produção nos últimos meses.
A Nigéria, líder africana na produção petrolífera, viu a sua produção diária aumentar para 1,481 milhões de barris em março, com um ligeiro aumento de oito mil barris por dia.
Já a Líbia, que ultrapassou, de acordo com os dados da OPEP, a produção angolana em fevereiro, produziu em março 1,196 milhões de barris por dia.
Durante praticamente todo o ano de 2016 e até maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África, posição que perdeu desde então para a Nigéria.
A produção na Nigéria foi condicionada, entre 2015 e 2016, por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.
O mais recente relatório da OPEP refere também que, em termos de "comunicações diretas" à organização, Angola terá produzido 1,138 milhões de barris por dia em março, cerca de mais mil barris por dia que no mês anterior.
No caso da Nigéria, a produção diária situou-se em 1,429 milhões de barris em março, registando um aumento na ordem dos cinco mil barris por dia face ao mês anterior.
Os dados oficiais da Líbia reportam uma produção diária de 1,283 milhões de barris de petróleo por dia, mais 100 mil barris diários face a fevereiro.
Devido às consequências da pandemia de covid-19, com o impacto na economia e a diminuição do consumo, o Comité Técnico Conjunto da OPEP recomendou vários cortes na produção de petróleo.
A pandemia atingiu a procura de petróleo devido ao abrandamento económico global, com restrições à circulação, o teletrabalho e a redução das viagens a provocarem a queda do consumo de energia.
Angola foi eleita, em 30 de novembro, para a presidência rotativa da conferência de ministros da OPEP em 2021, em substituição da Argélia.
A OPEP existe desde 15 setembro de 1960 e integra a Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.