Bráulio de Brito falava à margem da 2.ª Conferência de Tecnologia e Serviços de Petróleo e Gás de Angola, que decorreu em Luanda, salientando que no centro das preocupações da AECIPA está o conteúdo local e a forma como poderá servir a estratégia de diversificação da economia do Governo angolano e o desenvolvimento socioeconómico.
Angola publicou no ano passado uma lei de conteúdo local que promove a angolanização do setor de petróleo e gás, incentivando a aquisição de bens e serviços nacionais e a substituição de expatriados por trabalhadores angolanos.
Para o presidente da AECIPA a legislação “é adequada e era a que se impunha”, permitindo dar “um passo em frente” e trazer “um enfoque para o serviço local”.
Mas, acrescentou, ainda “há alguma coisa por limar”, já que a legislação ainda está no início da sua implementação “e só depois se poderá perceber o alcance”.
Entre as arestas por limar está a própria regulamentação do decreto: “Temos um documento, precisamos que se torne realidade”, sublinhou.
Entre os principais desafios que se colocam aos seus associados, o presidente da AECIPA apontou a gestão da covid-19 que criou e cria constrangimento para Angola, tal como nos restantes países, bem como a falta de desenvolvimento da indústria que obriga a importar grande parte do material.
“Isto tem uma exigência financeira muito elevada que as empresas ainda não têm”, frisou.
A conferência termina na quarta-feira atraindo até Luanda representantes das principais empresas do setor, bem como dos reguladores para discutirem temas como o papel do desenvolvimento da estratégia de conteúdo local, o estabelecimento de uma cadeia de valores robusta e eficiente e programa de diversificação económica e crescimento socioeconómico do país.