"Prevemos que a produção de petróleo suba para 1,18 milhões de barris por dia em 2022, mas a balança dos riscos está desequilibrada para o lado negativo devido à possibilidade de mais problemas técnicos e atrasos na implementação de novos projetos", escrevem os analistas da Oxford Economics Africa.
"Os confinamentos em vigor na China devido à variante Ómicron, e que foram alargados a mais de metade das maiores cidades chinesas, estão alegadamente a abrandar o aumento das exportações de petróleo de Angola; em 2021, a China representou mais de 70% das exportações petrolíferas angolanas", acrescentam os analistas na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.
No texto, escrevem também que a produção em abril subiu para o nível mais alto desde janeiro, no seguimento de dois meses consecutivos de quebras: "A produção acumulada nos primeiros quatro meses de 2022 subiu 1,8% face ao mesmo período do ano passado, mas as receitas petrolíferas subiram 87% devido principalmente aos preços mais elevados do petróleo a nível global".
A produção de Angola atingiu os 1,18 milhões de barris por dia em abril, subindo face aos 1,14 milhões bombeados por dia em março, de acordo com os números das autoridades angolanas, que ainda assim ficam 310 mil barris abaixo do que é permitido ao abrigo do acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros.