O africano mais rico continua a ser o nigeriano Aliko Dangote, fundador e presidente do grupo industrial Dangote, com uma fortuna avaliada em 12,2 mil milhões de dólares.o A Forbes avalia os activos do segundo classificado, o sul-africano Nicky Oppenheimer, do ramo dos diamantes, em 7,7 mil milhões de dólares.
Como no ano passado, apenas 2 dos 23 membros da lista são mulheres: Isabel do Santos, na 9ª posição geral, e Folorunsho Alakiha, esta nigeriana do sector do petrolífero. Isabel dos Santos, filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos, é também a segunda bilionária mais nova da lista, com 44 anos, atrás apenas de Mohammed Dewji.
Contrariando a tendência geral, na edição de 2018 do "ranking" da Forbes o “valor” de Isabel dos Santos foi revisto em baixa de 400 milhões de dólares - de 3,1 mil milhões para 2,7 mil milhões de dólares. Trata-se do nível mais baixo calculado pela Forbes para a bilionária angolana desde 2013. De acordo com a própria Forbes, seu valor líquido caiu em parte devido a perdas no Banco banco BCI, resultado das dificuldades económicas em Angola.
Isabel dos Santos foi exonerada da dirigência da Sonangol EP (SNL EP) em Novembro de 2017, decisão tomada pelo atual presidente de Angola, João Lourenço. Dirigiu a empresa petrolífera angolana, Sonangol EP (SNL EP) por pouco menos de um ano, tendo sido nomeada por José Eduardo dos Santos, em junho de 2016.
"Pesquisas da Forbes revelaram que, enquanto presidente, o pai de Isabel transferiu-lhe participações em várias empresas angolanas, incluindo bancos e uma empresa de telecomunicações. Comprou ações de empresas portuguesas, incluindo a empresa de telecomunicações e TV por cabo Nos SGPS", refere a revista norte-americana.
A sua exoneração e a nomeação de Carlos Saturnino (CS) para o seu lugar, com a reestruturação da administração da Sonangol foi uma das principais mudanças protagonizadas pelo novo presidente, João Lourenço.
De acordo com o Africa Monitor Intelligence, o afastamento de Isabel dos Santos relacionou-se com a necessidade do novo Presidente afirmar a sua autoridades perante interesses do ex-presidente, e de renovar a imagem externa do regime angolano, afectada por casos de apropriação de recursos do Estado por interesses particulares. AM