"Apelo também a toda a comunidade internacional que não reconheça um poder que não tem legitimidade nem capacidade jurídica para representar o povo congolês", declarou Fayulu, afirmando-se como "o único Presidente legítimo" da RDC.
No sábado, o Tribunal Constitucional decretou Félix Tshisekedi Presidente do país, após rejeitar todos os recursos interpostos contra os resultados provisórios das eleições de 30 de dezembro.
Um passo que Martin Fayulu vê como a "confirmação" de que o tribunal "serve um regime ditatorial".
De acordo com a agência Associated Press, ao rejeitar os recursos, o Tribunal Constitucional ratificou a vitória de Félix Tshisekedi, que obteve cerca de 38,57% dos votos contra 34,86% do candidato do principal partido da oposição, Martin Fayulu, de acordo com os dados provisórios divulgados pelo Comité Eleitoral do país em 10 de janeiro.
Os resultados provisórios foram contestados por Fayulu, que, segundo dados recolhidos pelos cerca de 40.000 observadores da Conferência Nacional Episcopal do Congo (CENCO), foi o candidato mais votado, com 61% dos votos.
Fayulu, da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), apresentou então uma queixa por fraude no Tribunal Constitucional.
Os resultados das eleições legislativas, realizadas no mesmo dia das presidenciais, deram uma larga maioria às forças favoráveis ao presidente cessante, Joseph Kabila (pelo menos 350 deputados em 500).
Tshisekedi, 55 anos, será o sucessor de Kabila, que preside aos destinos do país desde 2001.
O novo presidente da República Democrática do Congo toma posse na terça-feira.